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Como é que o talento pode interagir com a transformação digital?

João Almeida, associate partner da EY, faz uma análise e integração dos recursos humanos na transformação digital.
1 Dezembro 2017, 20h00

A sessão de aceleração da Ernst & Young (EY) Portugal, no âmbito da 2ª edição do Beyond – Portugal Digital Revolutions, foi dedicada ao talento (Talent). Ou seja, à integração dos recursos humanos na transformação digital. “Há um conjunto de alavancas que os recursos humanos podem promover na organização e foi sobre isso que focámos a nossa discussão. Como é que eu faço a transformação e o desenvolvimento de competências digitais nos líderes?; Como é que eu crio um propósito que mobilize toda a organização?; Como é que eu melhoro a experiência digital dos meus colaboradores?; Como é que eu transformo o espaço físico da minha organização para favorecer o trabalho em equipa?; Como é que eu melhoro a minha experiência digital”, explica João Almeida, associate partner da EY ao Jornal Económico.

A sessão, com várias partes práticas, contou com uma visita a um dos pisos da consultora. O ‘open space’ salta à vista de quem entra ali bem pela primeira vez, bem como uma mesa com cadeiras altas e apetrechada para os colaboradores descarregarem informação. “Esta mudança de mentalidades não é fácil, quando nós falamos em alteração do espaço físico. A principal dificuldade é a mudança do ‘mindset’, pessoas que estão habituadas em função do seu estatuto, a ter um local mais privado. O que pretendemos é que o trabalho funcione pela natureza do que estamos a desenvolver. É mais digital. A realidade está a mudar”, acrescenta João Almeida.

A discussão do tema teve também em conta a observação de um vídeo, onde a família, a mobilidade e o futuro do trabalho estiveram incluídos. “A logística de combinar uma reunião, a logística de combinar um espaço, isso são alterações que poderão desaparecer. O foco é na equipa e de eu conseguir comunicar não só localmente mas também com quem está a trabalhar à distância. Isso para mim é um reforço das relações e dá uma comunicação mais aberta, mais honesta, mais frontal”, afirma o associate partner.

Sobre o futuro, João Almeida não se mostra preocupado com o crescente aparecimento dos robôs no mercado de trabalho. “As atividades mais repetitivas são as primeiras a ser afetadas. A maior parte dos robôs não terão um ar humano como o vemos no escritório, mas serão programas de ‘software’. Vejo-me a interagir e acredito que isso será sempre em benefício do trabalho e de o tornar mais interessante”, conclui.

A 2ª edição do Beyond – Portugal Digital Revolutions, promovida pela EY Portugal para debater a transformação digital, acontece entre os dias 17 de outubro e 12 de dezembro. Por entre as conferências setoriais – Turismo, Saúde, Administração Pública, Telecomunicações, Media e Tecnologias da Informação, Banca e Seguros, Energia, Indústria e Final – decorrem sessões de aceleração para discutir os desafios da mudança digital em áreas como communities & sharing, cybersecurity, costumer, lifestyle, competitiveness e talent. O Jornal Económico acompanhou em exclusivo estes encontros.

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