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“Compras de media nos modelos tradicionais já não são suficientes”, defende Antoine Blanchys, Mediapost

Antoine Blanchys, diretor geral da Mediapost SGPS assegurou ao Jornal Económico, que foi um processo, desenvolvido ao longo de um ano, que se traduzirá em sinergias para ambas as partes.
13 Fevereiro 2018, 09h30

A Mediapost, filial do Grupo La Poste, especializada em Marketing Relacional, Digital e Data Marketing reforçou a aposta no mercado nacional ao assumir, desde o início deste ano, uma posição maioritária na Innovagency, empresa portuguesa de Full Service de Estratégia, UX/UI e Tecnologia dedicada aos canais digitais.

Apesar de não ter avançado os valores envolvidos nesta operação, Antoine Blanchys, diretor geral da Mediapost SGPS assegurou ao Jornal Económico, que foi um processo, desenvolvido ao longo de um ano, e que se traduz em sinergias para ambas as partes. As empresas continuarão a atuar de forma independente, sob a sigla do “Groupe La Poste”, apostando também na criação de novas ofertas de serviços e tecnologias para o Marketing Digital.

Com esta aquisição, a Mediapost projeta ainda, para o mercado nacional, fazer a transição para um modelo de ‘cross-channel’ baseado numa oferta de serviços especializados de marketing ‘on e offline’, sendo que a empresa tem já este modelo implementado em diversos países europeus como a França, Espanha, Roménia e Bulgária. Antoine Blanchys recorda que o início do caminho no ‘cross-channel’ tem já três anos, altura em que organizaram os primeiros eventos de divulgação da ‘Marketing Cloud da SalesForce’. “Ganhamos aí os primeiros clientes. A sinergia com a Innovagency irá acelerar o ‘Go-to-Market’, quer pela construção de uma task force” dedicada inter-empresas como pelos clientes onde desenvolvem trabalhos, reforçou ainda o responsável.

Quanto à evolução do setor em Portugal e as expectativas a curto/médio prazo, Antoine Blanchys considera que o nosso país está “também a acelerar fortemente a adoção do e-commerce e a mudança tornou-se notável durante todo o ano de 2017”. Razão pela qual defende ser estratégico para as empresas portuguesas conseguirem fazer a transição para o digital.

Salientando que as disrupções que levam ao abandono dos modelos tradicionais estão a aparecer em todas as indústrias, nomeadamente no retalho, banca, indústria, ou TV broadcast, afirma que “é agora que as empresas portuguesas devem investir para propor experiências diferenciadoras aos seus clientes. Agora, porque quando um challenger com uma proposta fortemente diferenciadora aparece, as mudanças ocorrem mesmo muito depressa. Por vezes, no espaço de um ano, já é tarde”.

Em seu entender, o e-commerce será também um fator de sucesso na exportação das marcas portuguesas, e a própria indústria de comunicação está a mudar. “A criatividade e a compra de media nos modelos tradicionais já não são suficientes. O Data e o UX/UI serão elementos diferenciadores para os profissionais desta indústria. Estamos a antecipar esta transição e a preparar-nos, não somente para o mercado português, mas também para fora”, conclui.

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