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Conselho Nacional do PSD aprova proposta de Paulo Rangel e antecipa diretas para 27 de novembro

Congresso também foi antecipado, para 17, 18 e 19 de dezembro, numa reunião em que Rui Rio não conseguiu que pudessem votar nas diretas militantes sem quotas em dia. Paulo Rangel disse que “resultado muito claro” do Conselho Nacional reforça a posição do PSD nas próximas legislativas.
  • Rui Rio discursa no Conselho Nacional do PSD
7 Novembro 2021, 00h36

O Conselho Nacional do PSD aprovou neste sábado a proposta de Paulo Rangel para antecipar as eleições diretas para a presidência do partido para 27 de novembro, uma semana antes da data anteriormente agendada (4 de dezembro). A intenção do eurodeputado teve 76 votos favoráveis, 28 contrários e 18 abstenções na reunião realizada em Aveiro, onde foi possível chegar a acordo para que o congresso social-democrata se realize a 17, 18 e 19 de dezembro, em vez de 14, 15 e 16 de janeiro de 2022, como fora decidido antes de o chumbo do Orçamento do Estado para 2022 levar à dissolução da Assembleia da República.

A vitória do eurodeputado foi acompanhada pela derrota da proposta do atual presidente do PSD, Rui Rio, para que as diretas se realizassem ainda antes, a 20 de novembro, contando apenas com 40 votos favoráveis e 71 contrários. E também caiu por terra a proposta do ex-presidente do Governo Regional da Madeira, Alberto João Jardim, que nesta semana assumiu publicamente apoio ao atual líder social-democrata, para que as diretas só se realizassem depois das eleições legislativas antecipadas, marcadas para 30 de janeiro de 2022: 47 conselheiros nacionais votaram a favor, enquanto 68 votaram contra e houve um voto nulo.

Numa reunião com algumas tentativas de obter consensos, mas também trocas de acusações entre adversários, caiu também por terra a intenção, avançada por Rio, de que todos os militantes ativos tivessem direito a votar nas diretas para escolher o presidente do PSD para os próximos dois anos, incluindo aqueles que não tenham quotas em dia. O Conselho de Jurisdição do PSD assinalou que a proposta ia contra os estatutos do partido, o que esteve longe de convencer o atual líder.

“Afinal quem tem medo de que votem todos é quem dizia que eu tinha medo de ir a votos”, disse Rui Rio, em declarações à comunicação social, voltando a dizer que o calendário aprovado neste sábado leva a que os sociais-democratas estejam “concentrados em lutas internas” em vez de procurarem apresentar propostas para retirar o PS do poder.

Por seu lado, Paulo Rangel disse que o “resultado muito claro” do Conselho Nacional “reforça muito o PSD”. “Estamos em perfeitas condições de mostrar um partido que tem dois candidatos a primeiro-ministro e que quer denunciar o que foram os seis anos de governação de António Costa e da ‘geringonça’, apresentando propostas alternativas”, disse o eurodeputado.

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