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Constâncio: Ajustamento da política monetária deve ser “gradual”

Ainda que reconhecendo que a subida da inflação é sempre “uma preocupação”, Vítor Constâncio, sublinhou que a subida se deve principalmente aos preços da energia. “Sem esse grande salto nos preços da energia teríamos uma inflação muito menor”, frisou.
7 Fevereiro 2022, 20h38

Vítor Constâncio, ex-vice-presidente do BCE, recomenda cautela no ajustamento da política monetária, acreditando que o fim da tensão na Rússia e na Ucrânia iria contribuir para uma queda nos preços da energia e da inflação.

“Tudo tem de ser gradual e tendo em vista todas as outras condições que BCE [ Banco Central Europeu ] definiu”, disse Constâncio numa intervenção no debate “Is unconventional monetary policy the new conventional?” na 7.ª edição do ciclo de conferências Economia Viva.

O antigo responsável do BCE considera que o fim das tensões entre a Rússia e a Ucrânia contribuiria “certamente para uma diminuição significativa dos preços da energia com efeitos sobre a inflação, particularmente na Europa”.

Apesar de salientar que existe “muita incerteza, particularmente em torno dessas questões geopolíticas”, defende que em tais situações é preciso cautela.

Ainda que reconhecendo que a subida da inflação é sempre “uma preocupação”, Vítor Constâncio, sublinhou que a subida se deve principalmente aos preços da energia. “Sem esse grande salto nos preços da energia teríamos uma inflação muito menor”, frisou.

Na sequência da reunião do Conselho de Governadores e de uma subida da inflação homóloga ‘flash’ da zona euro para 5,1% em janeiro, o BCE admitiu na passada quinta-feira endurecer a política monetária este ano com subidas das taxas de juro.

 

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