[weglot_switcher]

Construção em Portugal terminou 2021 com evolução positiva na generalidade dos indicadores

O consumo de cimento no mercado nacional registou um aumento de 5,8% em termos homólogos, para 3.780 milhares de toneladas em 2021, o que correspondeu ao melhor registo dos últimos dez anos.
10 Fevereiro 2022, 19h29

O sector da construção em Portugal terminou o ano de 2021 com uma evolução positiva na generalidade dos indicadores, conclui a síntese de conjuntura da Associação dos Industriais de Construção e Obras Públicas (AICCOPN) referente ao passado mês de janeiro.

“De acordo com a estimativa rápida divulgada pelo INE [Instituto Nacional de Estatística], o PIB [Produto Interno Bruto] registou um crescimento de 4,9% em 2021, o mais elevado desde 1990, após a diminuição histórica de 8,4% em 2020 na sequência dos efeitos marcadamente adversos da pandemia Covid-19 na atividade económica. No sector da construção, o ano de 2021 foi um ano de consolidação do crescimento, com um conjunto significativo de indicadores a registar uma evolução positiva ao longo do ano”, assinala um comunicado da AICCOPN.

De acordo com esse documento, “o consumo de cimento no mercado nacional registou um aumento de 5,8% em termos homólogos, para 3.780 milhares de toneladas em 2021, o que correspondeu ao melhor registo dos últimos dez anos”.

“De igual modo, ao nível da avaliação bancária na habitação alcançou-se um novo máximo histórico em dezembro de 2021, com uma subida de 11,2% face a igual mês do ano anterior”, adianta a AICCOPN.

O mesmo comunicado sublinha que, “já no que concerne ao licenciamento pelas Câmaras Municipais, o qual constitui um indicador da atividade futura no segmento de construção de edifícios e, de acordo com a informação disponível até ao final do mês de novembro de 2021, constata-se um crescimento do número de obras licenciadas, com um acréscimo global de 7,2%, em resultado de variações de 9,5% nos edifícios residenciais e de 1,5% nos edifícios não residenciais”.

“Ao nível dos fogos licenciados em construções novas, observa-se uma subida de 11,2%, em termos homólogos, para 25.621 alojamentos”, esclarece o mesmo documento, acrescentando que, “relativamente ao crédito concedido pelas instituições financeiras, verifica-se um aumento, até novembro, de 35,2%, em termos homólogos acumulados, dos novos empréstimos para aquisição de habitação e uma contração de 10,4%, em dezembro, do ‘stock’ de empréstimos às empresas do sector da construção”.

A AICCOPN avança ainda que, “no segmento das obras públicas, no ano de 2021, foram abertos concursos de empreitadas de obras públicas no montante de cerca de 3,8 mil milhões de euros, o que traduz uma redução de 21,7% face aos valores apurados em 2020”.

“Esta diminuição resulta, essencialmente, do facto de, em 2020, se ter registado um significativo volume de promoção de concursos de empreitadas de elevado valor no domínio da ferrovia e rede de metropolitano, os quais totalizaram 1.126 milhões de euros e cujas obras se encontram, na sua grande maioria, atualmente em curso. Quanto ao montante total dos contratos de empreitadas de obras públicas objeto de celebração e registo no Portal Base, observa-se uma redução de 8,2%2 face a 2020. Não obstante as quebras verificadas em termos anuais, os montantes apurados de concursos promovidos e contratos celebrados mantêm-se em níveis historicamente elevados”, conclui o comunicado da AICCOPN.

Copyright © Jornal Económico. Todos os direitos reservados.