O sector da construção termina 2022 com uma evolução favorável. É o que revela a AICCOPN – Associação dos Industriais da Construção Civil e Obras Públicas esta quarta-feira.
“A estimativa rápida do PIB confirmou um aumento de 6,7% em 2022, o mais elevado desde 1987. No setor da Construção, assistiu-se, também, a uma evolução favorável na generalidade dos indicadores setoriais em 2022, com o consumo de cimento no mercado nacional a observar o melhor registo desde 2011”, diz a associação que acrescenta que “de forma semelhante, ao nível da avaliação bancária na habitação, alcançou-se um novo máximo histórico, no mês de dezembro, com uma valorização de 13,5%, em termos homólogos”.
O consumo de cimento no mercado nacional registou um aumento de 1,5% em termos homólogos, para 3.836 milhares de toneladas, em 2022, o que corresponde ao melhor registo desde o ano 2011.
“De forma semelhante, ao nível da avaliação bancária na habitação alcançou-se um novo máximo histórico no mês de dezembro de 2022, com uma valorização de 13,5% face a igual mês do ano anterior”, revela a AICCOPN.
No que concerne ao licenciamento pelas Câmaras Municipais, o qual constitui um indicador da atividade futura no segmento de construção de edifícios, e de acordo com a informação disponível até ao final do mês de novembro de 2022, “constata-se que, apesar de um decréscimo de 2,8% no número total de licenças emitidas, assiste-se a um crescimento na área licenciada de 3,4% nos edifícios habitacionais e de 10,3% nos edifícios não residenciais”, segundo a associação.
Já ao nível dos fogos licenciados em construções novas observa-se uma subida de 5,3%, em termos homólogos, para 27.834 alojamentos.
Relativamente ao crédito concedido pelas instituições financeiras, verifica-se um aumento, até novembro, de 6,8%, em termos homólogos acumulados, dos novos empréstimos para aquisição de habitação e uma contração de 3,8%, em dezembro, do stock de empréstimos às empresas do setor da construção, avança a AICCOPN.
Por sua vez, no mercado das obras públicas, em 2022, foram abertos concursos de empreitadas de obras públicas no montante de cerca de 3,8 mil milhões de euros, o que traduz uma ligeira redução de 3% face a 2021.
Quanto ao montante total dos contratos de empreitadas de obras públicas objeto de celebração e registo no Portal Base, observa-se uma redução de 28,8%, em termos de variação homóloga temporalmente comparável, conclui a associação.