Há dois meses que a inflação tem desacelerado, tendência que os economistas antecipam que se deverá manter ao longo de 2023, depois de os preços terem atingido máximos de várias décadas por causa da invasão russa da Ucrânia.
Ainda assim, os salários deverão continuar a emagrecer, em termos reais, dizem os especialistas ouvidos pelo Jornal Económico (JE), agravando-se a perda de poder de compra vivida já em 2022.
Perante esse cenário, Ana Pires, dirigente da CGTP, antecipa que o ano será marcado pela intensificação da contestação social por melhores rendimentos. “Vamos usar todas as possibilidades de luta”, assegura. Já Sérgio Monte, secretário-geral adjunto da UGT, realça o acordo assinado em outubro em sede de Concertação Social pela central sindical que representa com o Governo e as confederações patronais. Mas avisa: caso a inflação seja mais elevada do que a que serviu de base aos referenciais para os aumentos salariais que ficaram nesse entendimento, será mesmo preciso voltar à mesa das negociações para proteger a valorização real dos salários dos trabalhadores.
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