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Contra a corrente? 89% dos residentes em Lisboa veem turismo com bons olhos

As principais vantagens do turismo referidas pelos residentes na capital são o desenvolvimento da economia (71%), aumento do comércio (30%) e a criação de oportunidades de emprego (14%).
16 Julho 2018, 19h25

O turismo, positivo para 89% do total de residentes em Lisboa, traduz-se numa melhoria da imagem da cidade e do país no estrangeiro, mas é também responsável pelo desenvolvimento da economia, na medida em que tem impacto positivo na maior parte das áreas económicas, assim como na preservação e reabilitação do património, revela um estudo da Intercampus, realizado para a Associação Turismo de Lisboa (ATL).

Neste estudo, realizado pela Intercampus junto de uma amostra de 805 residentes no concelho de Lisboa, evidencia-se ainda que 69% dos residentes considera que a cidade estaria pior se não tivesse o turismo que hoje tem, sendo que 89% disse ser “um privilégio viver na cidade de Lisboa”. As principais vantagens do turismo referidas são o desenvolvimento da economia (71%), aumento do comércio (30%) e a criação de oportunidades de emprego (14%).

Com base nestes resultados, a ATL considera ser possível concluir também que o turismo contribui para a preservação do património, reabilitação das zonas históricas e tradicionais da cidade e para a preservação e reabilitação de espaços públicos.

Quanto ao impacto em áreas económicas, o foco recai, entre outras, nos hotéis e restaurantes, bares, cafés e esplanadas e atividades culturais e artísticas. A percentagem de respostas dos dois universos – residentes totais e do Centro Histórico – foi semelhante em termos dos impactos mencionados (acima dos 3,8 numa média de 0 a 5).

A ATL dá ainda nota para o facto de 85% dos residentes totais (79% dos residentes do Centro Histórico) considerar que “por influência do turismo a cidade tem hoje mais vida”, e 32% ter afirmado que a vinda dos turistas teve um impacto muito importante na imagem de Lisboa (21%). Acresce que a importância da imagem de Lisboa no estrangeiro para Portugal e para os portugueses é igualmente muito positiva: 92% para os residentes totais e 88% para os do Centro Histórico.

Denotando uma caraterística associada aos portugueses, 84% do total de residentes disse “fazer questão em ser atencioso e prestável em relação aos turistas que visitam Lisboa” (82% dos residentes no Centro Histórico). Apenas 22% evita frequentar as zonas da capital portuguesa onde há mais turistas (29% dos residentes no Centro Histórico).

No coração da cidade o balanço também é positivo

No que se refere especificamente aos residentes no Centro Histórico, 72% manifesta uma reação global positiva quando se fala em turismo (85% para o total de residentes), 79% consideram-no positivo para a cidade e diz-se satisfeito com a sua evolução.

À pergunta “Quando contacta com turistas em Lisboa diria que a relação que se estabelece nesses contactos é…”, 81% do total de residentes manifestou opinião positiva face a 74% dos residentes no Centro Histórico, enquanto no tocante à contribuição do turismo para a cidade a resposta superou os 75% em ambos os casos. A mesma questão colocada em relação ao país mostrou reações semelhantes nos dois universos: cerca de 90% de respostas positivas em ambos.

Como consequências do turismo, as respostas identificam principalmente a situação do mercado do imobiliário (casas para vender e para alugar), o alojamento e o custo de vida, assim como o tráfego, a circulação automóvel e o ruído. Contudo, 32% dos inquiridos respondeu não ver qualquer desvantagem. As sugestões deixadas neste estudo dizem respeito essencialmente ao custo de vida e ao reforço do estacionamento e dos transportes públicos.

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