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Convenção BE: Bloco voltaria a votar contra OE2022 e não se arrepende “da coerência”

Catarina Martins garantiu que o BE escolhe e continuará a escolher “a coerência e o compromisso com soluções que salvam vidas, que ajudam quem está doente, que dão ao pobre e ao remediado a garantia de que não deve ser cuidado nos nossos hospitais públicos de forma diferente da pessoa mais poderosa do mundo”.
27 Maio 2023, 15h44

A coordenadora cessante do BE, Catarina Martins, defendeu hoje que o partido “fez o que tinha a fazer e voltaria” a votar contra o Orçamento do Estado para 2022, apontando que os bloquistas não se arrependem “da coerência”.

“Fizemos o que tínhamos de fazer e voltaríamos a fazer o mesmo enfrentamento com o Governo nos Orçamentos a propósito da saúde e dos direitos laborais”, defendeu Catarina Martins.

No seu discurso de despedida na XIII Convenção Nacional do BE, no pavilhão do Casal Vistoso, em Lisboa, Catarina Martins recuou ao ‘chumbo’ do Orçamento do Estado para 2022, que levou o país a eleições legislativas antecipadas.

A coordenadora do BE afirmou que se vivem “tempos difíceis” salientando que não se estava a referir ao partido, apesar de reconhecer que “a derrota eleitoral do ano passado deixou feridas”.

No entanto, garantiu: “Não nos arrependemos da coerência”.

“Que ninguém se engane sobre quem somos e como somos: respeitamos quem tinha votado no Bloco e que, por medo da direita ou por preferir uma maioria absoluta, apoiou o PS há um ano; mas faremos sempre o mesmo que nos disserem para escolher entre uma conveniência partidária e o cuidado que a democracia deve ao SNS ou ao direito de quem trabalha”, considerou.

Catarina Martins garantiu que o BE escolhe e continuará a escolher “a coerência e o compromisso com soluções que salvam vidas, que ajudam quem está doente, que dão ao pobre e ao remediado a garantia de que não deve ser cuidado nos nossos hospitais públicos de forma diferente da pessoa mais poderosa do mundo”.

“E se assim fazemos é porque respeitamos sempre o nosso mandato. Temos um compromisso com o povo e é por isso que somos esquerda de confiança”, acrescentou.

Catarina Martins apontou que é na coerência do partido “que se alicerça o crescimento” que disse já sentir na rua “e que até as sondagens já reconhecem”.

“Se agora estamos a recuperar força é por levarmos o país a sério e levarmos a sério o compromisso de quem confiou em nós. Não cedemos à chantagem e não preciso de vos dizer como é importante que o povo tenha esta certeza de que aqui está gente que nem verga nem quebra”, vincou.

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