Mal saíram os resultados da imensa derrota da primeira-ministra Theresa May (por 230 votos de diferença, muito acima das piores expectativas, que apontavam para os 130 votos), o líder dos trabalhistas avançou que irá promover uma moção de censura ao governo britânico.
Os trabalhistas já tinham feito saber que, se a votação fosse negativa para as aspirações do executivo, iriam avançar de imediato com uma moção de censura ao governo – colocando de lado o plano B, que era o de esperar pela saída (a 29 de março deste ano) para avançar com a iniciativa. Feitas as contas (políticas), e perante um cenário de moção de censura colocado em cima da mesa pelos trabalhistas, o mais provável é que os conservadores esqueçam as escaramuças internas que vêm minando o partido há longos meses e se unam na sua rejeição. É que, tudo indica, eleições antecipadas quereriam mesmo dizer o regresso dos trabalhistas ao poder.
“Toda a gente vai querer que a Sra. May fique como primeira-ministra, como se fosse uma espécie de vingança”, uma espécie de forma de a obrigar a lidar com o problema que arranjou, disse ao Jornal Económico o comentador Francisco Seixas da Costa. E recorda que Jeremy Corbyn não tem, de facto, uma alternativa. “Theresa May está presa a todos os cenários”.
Os analistas convergem para este ponto: os trabalhistas não têm qualquer alternativa ao acordo que Theresa May conseguiu junto da União Europeia.
A probabilidade de a moção de censura passar não é elevada, segundo analistas.
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