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Coreia do Norte acusa NATO de ser produto da Guerra Fria que ameaça segurança da Rússia

Na nota, divulgada na página do ministério na Internet, Pyongyang lamenta os “persistentes rumores lançados pelos Estados Unidos sobre uma ‘invasão russa da Ucrânia’ como pretexto para “enviar milhares de tropas para a Europa Oriental” e “aumentar o grau de tensão em torno da Ucrânia”.
13 Fevereiro 2022, 17h48

A diplomacia norte-coreana defendeu hoje os interesses da Rússia na crise da Ucrânia, acusando os Estados Unidos e a NATO, que descreveu como um produto da Guerra Fria, de representarem, uma ameaça à segurança na região.

“É um facto bem conhecido que a ameaça militar dos Estados Unidos a Moscovo está a aumentar gradualmente devido à implantação de sistemas de defesa antimísseis na Europa Oriental, o fortalecimento da presença militar da NATO nas regiões fronteiriças com a Rússia e a expansão contínua da NATO para o leste após o colapso da União Soviética”, de acordo com um comunicado do Ministério dos Negócios Estrangeiros norte-coreano.

Na nota, divulgada na página do ministério na Internet, Pyongyang lamenta os “persistentes rumores lançados pelos Estados Unidos sobre uma ‘invasão russa da Ucrânia’ como pretexto para “enviar milhares de tropas para a Europa Oriental” e “aumentar o grau de tensão em torno da Ucrânia”.

A ação norte-americana é classificada por Pyongyang tão “surpreendente quanto selvagem”.

Da mesma forma, o ministério denuncia que a NATO não passa de “um produto da Guerra Fria, impulsionada pela agressão e pelo desejo de dominar”.

Pyongyang destaca que as tentativas de “pressionar Moscovo” apenas provocarão “uma reação mais forte da Rússia” que, assinala, está “pronta para lutar pela sua segurança”.

O Ocidente acusa a Rússia de ter concentrado dezenas de milhares de tropas junto às fronteiras da Ucrânia para invadir novamente o país vizinho.

Os Estados Unidos alertaram na sexta-feira que um ataque russo pode acontecer “a qualquer momento” e pediram aos seus cidadãos que abandonassem o país rapidamente.

Desde então, dezenas de governos, incluindo o de Portugal, aconselharam os seus cidadãos a sair da Ucrânia.

A Rússia nega pretender invadir a Ucrânia, mas condiciona o desanuviamento da crise a exigências que diz serem necessárias para garantir a sua segurança.

Essas exigências incluem garantias juridicamente válidas de que a Ucrânia nunca fará parte da NATO e o regresso das tropas aliadas nos países vizinhos às posições anteriores a 1997.

Os Estados Unidos e os seus aliados da NATO e da Organização para a Segurança e Cooperação na Europa (OSCE) recusam tais exigências.

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