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Coreia do Norte faz mira à bitcoin para fugir às sanções económicas

A empresa de cibersegurança FireEye identificou, entre maio e julho, três ataques cibernéticos contra as criptomoedas na vizinha Coreia do Sul, numa altura em que os Estados Unidos ameaçaram avançar com novas sanções ao país.
12 Setembro 2017, 15h55

A Coreia está a aumentar os esforços para deitar a mão à bitcoin e a outras moedas digitais, a fim de arrecadar dinheiro para o regime de Kim Jong-un, que tem vindo a ser asfixiado pelas múltiplas sanções económicas aplicadas ao país. Um relatório da empresa de cibersegurança FireEye indica que nos últimos meses aumentou o número de ciberataques protagonizados por hackers ligados a Pyonyang às bolsas sul-coreanas que regulam as criptomoedas.

“As novas sanções aprovadas contra a Coreia do Norte vão provavelmente alimentar a atividade do país no cibercrime”, explica Bryce Boland, diretor de tecnologia da FireEye, com sede em Singapura. “Os ataques às criptomoedas podem ser um ótimo meio para o país obter recursos diante das sanções impostas pelos EUA”.

A empresa de cibersegurança identificou, entre maio e julho, três ataques cibernéticos contra as praças acionistas que negoceiam as criptomoedas na vizinha Coreia do Sul, numa altura em que os Estados Unidos ameaçaram avançar com novas sanções ao país devido ao recrudescimento dos testes nucleares em Pyonyang.

Face ao novo pacote de sanções, aprovadas esta segunda-feira pela Organização das Nações Unidas (ONU), a FireEye alerta para a forte probabilidade de “o número de ataques cibernéticos da Coreia do Norte vir a aumentar”.

Várias agências de inteligência e segurança cibernética acreditam que terá sido a Coreia do Norte que esteve por detrás do vírus WannaCry, que originou o maior ataque cibernético registado. O ransomware afetou milhares de companhias em todo o mundo e, de acordo com os especialistas, terá gerado um lucro de cerca de 140 mil dólares (117 mil euros) de lucro para o hackers em resgates pagos bitcoin.

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