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Coreia do Sul: Favorito à vitória quer aproximar-se de Kim Jong-un

Moon Jae-in vai à frente nas sondagens com 41,4% dos votos, segundo as sondagens. Vai suceder a Park Geun-hye, que foi deposta devido ao alegado envolvimento em esquemas de subornos do império Samsung.
  • Moon Jae-in
9 Maio 2017, 16h17

A eventual vitória do candidato do Partido Democrático, Moon Jae-in, esta terça-feira nas eleições presidenciais da Coreia do Sul pode significar um novo capítulo na história da península coreana. Moon Jae-in, que vai à frente nas sondagens com 41,4% dos votos, quer tentar uma aproximação pacífica à vizinha Coreia do Norte e a sua nomeação vem pôr fim a quase uma década de Governo conservador.

“Temos de esperar calmamente para ver quais os resultados oficiais destas eleições”, afirmou Moon Jae-in aos membros do partido. “Mas se os números se mantiverem assim e ganhamos; e a vitória de hoje é graças à insatisfação popular com o antigo regime”.

Moon Jae-In, de 64 anos, antigo advogado especializado na defesa dos direitos humanos, vem suceder a Park Geun-hye, que foi deposta a 10 de março, devido ao alegado envolvimento em esquemas de subornos do império Samsung, tendo recebido quase 70 milhões de dólares (65 milhões de euros) em troca de favores de políticos. Park Geun-hye está atualmente em prisão preventiva e até então o país estava mergulhado num clima de turbulência política.

Segundo as sondagens, uma considerável distância do democrata terá ficado o conservador Hong Joon-Pyo, do Partido da Liberdade (da ex-Presidente Park Geun-hye), com 23,3% dos votos, seguido do centrista Ahn Cheol-Soo, do Partido Popular, com 21,8%.

“Nós cumpriremos as duas tarefas que nos foram dadas, a reforma e a unidade nacional que os cidadãos deste país desejam”, assegura Moon Jae-in.

Na agenda política de Moon Jae-in está a tentativa de diálogo com a Coreia do Norte para aliviar a crescente tensão em torno do programa de desenvolvimento nuclear do presidente Kim Jong-un, a reformulação dos grandes conglomerados familiares, como a Samsung e a Hyundai, e o aumento dos gastos fiscais de forma a incentivar a criação de empregos.

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