Coronavírus: quando a comunicação faz parte da solução

Em cenários de incerteza como o atual, a comunicação assume um papel fundamental e deve focar-se num elemento em concreto: a antecipação.

Em Portugal, várias empresas ao longo dos últimos dias têm vindo a público anunciar as suas políticas de atuação face à emergência da epidemia do Covid-19. Num contexto como o atual, as empresas têm um papel na gestão deste acontecimento e necessitam comunicar de uma forma clara e transparente quando têm algo de relevante a dizer. O momento assim o exige.

Em cenários de incerteza como este, onde a informação se propaga de forma tão veloz – e às vezes também tão contraditória, a comunicação assume um papel fundamental. E a comunicação que se foca num elemento em concreto: a antecipação.

Antecipar ações, mensagens e cenários, é aquilo que as empresas devem procurar fazer para, de forma estratégica, protegerem a sua reputação e, até, fazerem uso deste momento para fortalecer a confiança junto dos seus stakeholders internos e externos.

Muitas empresas já estão a definir um protocolo de gestão face ao Covid-19. No entanto, importa considerar a comunicação como uma área essencial para o sucesso de qualquer plano de contingência. É, por isso, necessário definir padrões de atuação, conteúdos das mensagens, estudar possíveis cenários e analisar o impacto de cada um, ajustando sempre as soluções à realidade da empresa e ao desenrolar da crise.

Devemos ter claro que uma situação de crise se gere em três grandes tempos: o antes, o durante e o depois. E que só projetando os cenários nestes três momentos é que teremos um plano de comunicação eficaz, bem como ajustado as necessidades da empresa e das suas comunidades desde os colaboradores, fornecedores, clientes e acionistas, mas também autoridades, os próprios media e a opinião pública.

E nunca esquecer o papel que a liderança de uma organização tem na comunicação destas mensagens, já que transparência e responsabilidade são a base para uma imagem de confiança e segurança, tão necessária nos dias de hoje.

Recomendadas

Continente à deriva

Para destinos ultraperiféricos como a Madeira, a promessa de ligações via “hub” não ajuda, pelo contrário: encarece os bilhetes, transforma um percurso de 4 horas em voo direto numa viagem de 7-8 horas com escala que se torna incompatível com o comportamento do turista dos mercados emissores mais promissores e obriga a estadias prolongadas para “valer a pena o esforço da viagem”.

Da cultura de ‘whistlesblowing’ à cultura de ‘speakup’: o poder das palavras

Consideramos que é crucial a transformação para uma cultura organizacional, na qual NÃO seja necessário ter coragem moral para “denunciar/reportar”.

Foi você que pediu uma directiva? O ‘greenwashing’ e o início do seu fim

É um avanço único no contexto mundial – vale a pena sublinhar. Com a Europa a posicionar-se como líder indiscutível em matéria de sustentabilidade no palco global.
Comentários