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Cortes na produção de petróleo “são uma ameaça para a recuperação económica”

A Agência Internacional de Energia (AIE) considera que os cortes anunciados pela OPEP “correm o risco de agravar as tensões, elevando os preços de petróleo e dos produtos” e pode prejudicar a recuperação global da economia.
14 Abril 2023, 16h56

A Agência Internacional de Energia (AIE), afirmou que os cortes de produção anunciados pela Organização dos Países Exportadores de Petróleo (OPEP) correm o risco de exacerbar um défice de oferta de petróleo no segundo semestre do ano e pode prejudicar os consumidores e a recuperação global.

Nos últimos meses a AIE e a OPEP discutiam sobre as suas perspetivas para a oferta e procura global de petróleo.

Os países consumidores representados pela AIE argumentaram que o aperto na oferta eleva os preços e que pode ameaçar uma recessão, enquanto a OPEP culpa a política monetária ocidental pela volatilidade do mercado e pela inflação que reduz o valor do petróleo.

“Os saldos do mercado de petróleo já estavam definidos para apertar no segundo semestre do ano, com o potencial surgimento de um défice substancial de oferta”, informa a AIE no seu relatório mensal de petróleo. “Os últimos cortes correm o risco de agravar as tensões, elevando os preços de petróleo e dos produtos. Os consumidores, atualmente, estão sob o cerco da inflação e sofrerão ainda mais com os preços altos”, refere o relatório.

A AIE viu a procura em 2023 a atingir um recorde de 101,9 milhões de barris por dia, dois milhões de barris por dia a mais que no ano passado. Mas a agência espera que a oferta global de petróleo caia em 400 mil barris por dia até ao final do ano.

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