A chegada do novo ano trouxe novidades para o CEO da empresa petrolífera britânica BP, Bob Dudley. Em vez de 17.4 milhões de libras (cerca de 20 milhões de euros), o CEO passou a receber apenas 12.2 (cerca de 14 milhões de euros), onde se incluem salário base, bónus anual e prémios de “compensação” em forma de ações durante os próximos três anos. O corte, imposto pela primeira-ministra britânica, Theresa May, recebeu voto favorável da classe acionista da empresa, que querem trazer um pouco mais de justiça à empresa.
Segundo indica o jornal britânico ‘Financial Times’, a ideia de diminuir o pacote remuneratório de Bob Dudley já havia sido discutida em Assembleia Geral da empresa, mas não avançou pois tinha um aparecer apenas consultivo. Agora, com a entrada em vigor da nova legislação imposta pelo Governo britânico, a opinião os acionistas passou a contar de forma ativa nas decisões tomadas pela empresa em assembleia.
Acreditando que dessa forma vão estabelecer um maior equilíbrio entre os resultados e o valor das remunerações, a BP tomou a iniciativa, para evitar a ameaça de uma revolta acionista, e empreendeu uma política de cortes salariais na empresa.
Com a empresa a somar lucros, Bob Dudley conheceu então um corte de 30% nos seus rendimentos, dada a probabilidade de os executivos receberem mais bónus ligados aos prémios de “compensação” pela boa performance desempenhada.
Contudo, as novas políticas adotadas pela empresa ditam também que o bónus anual não poderá exceder os 225% do salário.
Uma análise da organização Equality Trust, feita em março, dá conta de que a BP é uma das empresas britânicas onde a diferença entre o salário dos trabalhadores e o dos chefes é maior, podendo o patrão ganhar 300 vezes mais do que os seus empregados. A medida poderá servir agora de exemplo para outras empresas em todo o mundo.
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