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Costa adianta que novo estado de emergência vai ter “horizonte mais alargado” e abranger Natal e passagem de ano

O líder do Executivo socialista garante que os dados mostram que as medidas de restrição adotadas têm dado resultados, mas alertou para os “riscos acrescidos” que são esperados para janeiro e fevereiro.
  • Tiago Petinga/Lusa
3 Dezembro 2020, 14h31

O primeiro-ministro, António Costa, adiantou esta quinta-feira que o novo estado de emergência deverá ter um “horizonte mais alargado” do que os habituais 15 dias e abranger o Natal e a passagem de ano. O líder do Executivo socialista garante que os dados dos especialistas mostram que as medidas de restrição adotadas têm dado resultados, mas alertou para os “riscos acrescidos” que são esperados para janeiro e fevereiro.

À saída da reunião no Infarmed, que juntou especialistas, responsáveis políticos e parceiros sociais, António Costa referiu que o novo decreto presidencial deverá chegar à Assembleia da República para ser votado na sexta-feira e possibilitará tomar medidas “para vigorarem para o período da próxima quinzena e, desde já, indicativamente para todo o período até 7 de janeiro, para que todos possamos ter uma perspetiva de horizonte mais alargado”.

“Do ponto de vista jurídico, o estado de emergência só tem a duração de quinze dias e, de 15 em 15 dias, é necessária uma nova iniciativa do Presidente da República, um novo parecer do Governo e uma nova autorização da Assembleia da República, mas, de qualquer forma, é fundamental para as pessoas e empresas saberem como é que se podem organizar, daqui até 6 ou 7 de janeiro. Tecnicamente, está resolvida esta situação”, disse.

António Costa referiu que, neste momento, as medidas de restrição devem manter-se para que “esta dinâmica continue de forma descendente e se possa chegar ao Natal com a situação devidamente controlada”. “Como todos antecipam, em janeiro e fevereiro teremos riscos acrescidos”, alertou, devido ao impacto da quadra natalícia e da “confluência” de novos casos com a gripe sazonal.

António Costa realçou, no entanto, que as estimativas dos especialistas apontam para que o pico da segunda vaga da pandemia da Covid-19 tenha sido atingido “a 25 de novembro” em Portugal e mostram que, neste momento, o país está “num bom caminho”. Salientou, porém, que é preciso “consolidar” essa trajetória.

“Sobre a evolução epidemiológica, temos todos de agradecer o grande esforço que tem sido feito porque há uma clara indicação de que teremos dobrado o pico desta segunda vaga e que entramos numa fase descendente. Quer ao nível de novos contágios, como ao nível de internamentos. Isso significa que as medidas adotadas têm estado a dar resultados”, afirmou António Costa, à saída da reunião do Infarmed, em Lisboa.

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