Costa defende missão portuguesa na República Centro Africana mesmo após a saída das tropas francesas

António Costa falava aos militares da 12.ª Força Nacional Destacada, que é composta por 215 elementos, depois de ter sido recebido no campo com honras militares e de ter tirado uma fotografia de família.

Bangui, República Centro-Africana

O primeiro-ministro considerou hoje que a missão militar portuguesa na República Centro Africana (RCA) constituiu um importante fator de credibilização das Forças Armadas e defendeu que estão garantidas as condições operacionais após a saída das tropas francesas.

António Costa falava aos militares da 12.ª Força Nacional Destacada, que é composta por 215 elementos, depois de ter sido recebido no campo com honras militares e de ter tirado uma fotografia de família.

Após um breve `briefing´sobre as condições logísticas da missão militar nacional em Bangui, o líder do executivo, no seu discurso, no início de um lanche com as tropas portuguesas, defendeu a presença das Forças Armadas na RCA, mesmo após a saída das forças francesas no final do ano passado.

Em outubro passado, saíram da RCA os últimos 130 militares da missão logística francesa, após 62 anos de presença contínua. A França acusa as autoridades de Bangui de estarem aliadas ao grupo privado de mercenários russos, Wagner, ligado ao Presidente Vladimir Putin.

“Esta missão portuguesa, que se iniciou em 2017, era nova no que respeita ao tipo das missões nacionais destacadas portuguesas. Mas tem sido ao longo destes anos um fator de credibilização e de prestígio das nossas Forças Armas”, sustentou, tendo ao seu lado a ministra da Defesa, Helena Carreiras.

António Costa referiu que está a visitar as tropas nacionais pela terceira vez em Bangui e disse ter sempre testemunhado “o grande apreço manifestado pelas autoridades locais, assim como pelas Nações Unidas”.

“Há claramente uma diferença que tem a ver com a competência das nossas Forças Armadas, com a formação que é ministrada, com o aprontamento que é feito, mas, também, como a forma como os portugueses assumem as missões que desempenham”, salientou.

O primeiro-ministro observou depois que estava para visitar o contingente português em Bangui por ocasião do Natal passado, mas não foi possível “por circunstâncias várias”.

“No final do ano, alteraram-se significativamente as condições de desempenho das Forças Armadas com a partida das tropas francesas. Foi necessário que as Nações Unidas assumissem um novo papel no conjunto deste campo, garantindo as condições necessárias ao prosseguimento da missão e as relações com a RCA. Felizmente, essas condições estão preenchidas”, advogou.

António Costa falou ainda de um novo campo que está previsto para a instalação das forças destacadas nacionais na RCA.

“Vão passá-lo aos vossos camaradas que vos renderão em maio”, completou.

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