O presidente do Partido Social Democrata (PSD), Rui Rio, considerou que o Partido Socialista estava a conduzir a campanha para um patamar “muito baixo” ao relembrar o tema da prisão perpétua que foi invocado durante o debate entre o social democrata e o líder do Chega, André Ventura.
“Em lugar de falar das suas propostas, o PS insiste em inventar o que o PSD nunca disse e em deturpar o que propomos. Hoje voltaram com a narrativa da prisão perpétua. Estão a conduzir a campanha para um patamar muito baixo, tentado normalizar a lógica politiqueira da mentira”, escreveu no Twitter Rui Rio.
Em lugar de falar das suas propostas, o PS insiste em inventar o que o PSD nunca disse e em deturpar o que propomos. Hoje voltaram com a narrativa da prisão perpétua. Estão a conduzir a campanha para um patamar muito baixo, tentado normalizar a lógica politiqueira da mentira.
— Rui Rio (@RuiRioPSD) January 17, 2022
Rio comentava as declarações de Costa sobre debate entre o líder social democrata e o presidente do Chega onde o tema da prisão perpétua teve destaque.
“Quando se começa a achar que a prisão perpetua não é bem perpétua, isso é o primeiro passo para a achar que o racismo não é bem racismo e a xenofobia não é bem xenofobia”, referiu Costa durante ação de campanha em Lisboa, acrescentando que “o pior perigo que representam é quando começam a condicionar os partidos do centro, quando começam a mitigar propostas com raiz desigualitária”.
O regresso da prisão perpétua foi o tema central do debate entre André Ventura e Rui Rio, com o líder do PSD, alegadamente, a abrir a porta, ao restabelecimento da sentença. Mais tarde, depois da polémica, Rui Rio garantiu que “naturalmente, é contra todas as modalidades de prisão perpétua”.
https://jornaleconomico.pt/noticias/rio-responde-com-ironia-as-criticas-apos-frente-a-frente-com-ventura-no-centro-somos-muito-abracados-826911
Depois do debate entre os dois líderes de direita, António Costa lançou um vídeo onde acusou Rio de ter ultrapassado “linhas vermelhas” e de “negociar em direto” um futuro Governo com o Chega.
“Nem a ditadura pôs em causa esta tradição. Em circunstância alguma podemos ceder nos princípios ou os valores”, disse, sublinhando que “um político responsável tem sempre os seus princípios e os valores ao centro”.
O PSD respondeu oficialmente, num comunicado assinado pelo secretário-geral José Silvano, falando “numa clara tentativa de enganar os portugueses”.
“O PSD entende que esta técnica de deturpação não contribui em nada para dignificar o debate político, não esclarece os portugueses e pode levar a uma campanha de desinformação, que certamente irá penalizar os partidos políticos e o país nas eleições de 30 de janeiro. Assim, o PSD quer deixar um sério aviso à continuação deste tipo de prática política”, lê-se no comunicado.
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