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Costa Silva defende que promoção do turismo tem de ser repensada para a recuperação económica

Questionado pelos leitores do Jornal Económico, o autor da Visão Estratégica para o Plano de Recuperação Económica português diz que a recuperação do turismo é fundamental, mas que a sua apresentação ao mundo tem de ser revista.
11 Março 2021, 16h04

O autor da Visão Estratégica para o Plano de Recuperação Económica de Portugal 2020-2030, António Costa Silva, considera que a recuperação do sector do turismo é fundamental para a retoma da economia portuguesa, depois da crise pandémica causada pela Covid-19, mas que a sua promoção tem de ser repensada.

Numa conferência promovida pela sociedade de advogados Sérvulo e Associados sobre “opções estratégicas para Portugal”, transmitida esta quinta-feira, 11 de março, na plataforma do Jornal Económico (JE), António Costa Silva apontou para a necessidade de “reconfigurar e reapresentar” os destinos nacionais no contexto da reabilitação económica e da reformulação que deverá ocorrer nas economias desenvolvidas.

Em resposta a perguntas colocadas pelos leitores do JE, o gestor recordou a transformação que ocorreu no sector do turismo em Portugal na última década, que considerou ser resultado “do dinamismo das empresas que trabalham na área, da sua visão e da cooperação estreita com as autoridades” e um exemplo para os desafios que agora se colocam.

“É altura de apostar na digitalização e também de repensar na apresentação dos destinos turísticos. Não só dos destinos maduros, convencionais, que é preciso reconfigurar e reapresentá-los no quadro da retoma, mas também olhar para todas as valências que o país tem”, defendeu.

O gestor foi, também, questionado sobre o papel das criptomoedas na economia do futuro, tendo reconhecido que estas têm potencial, mas advogando maior segurança. “É uma área que tem de ser reformulada, vai trabalhar muito com a questão da blockchain, que suprime muita da intermediação que existe e assim torna mais transparentes os fluxos. Mas isso não pode fazer esquecer um fator fundamental: à medida que virtualizamos e automatizamos todos estes sistemas, as ameaças são brutais e os ciberataques também”, concluiu.

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