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Cotadas no PSI fecham 2021 com resultados de 3,5 mil milhões de euros

As grandes empresas portuguesas, presentes no principal índice do mercado acionista nacional aumentaram as receitas, os resultados operacionais e os lucros, ao mesmo tempo que reduziram o endividamento, revela uma análise da BA&N Research Unit.
26 Março 2022, 13h48

O ano de 2021 foi “de recuperação” nas cotadas, revela uma análise da BA&N Research Unit, divulgado este sábado, 26 de março. “Entre as grandes empresas portuguesas, presentes no principal índice do mercado acionista nacional, o PSI, as receitas deram a volta à crise, assim como os resultados operacionais e os lucros. Isto ao mesmo tempo que o endividamento evolui no sentido positivo, encolhendo em quase 2,5 mil milhões de euros”.

Segundo o documento, “os resultados líquidos das cotadas ascenderam a 3,5 mil milhões de euros, valor 46% superior ao alcançado um ano antes e que supera os valores apresentados no ano anterior à pandemia quando tinham sido registados lucros de 3,26 mil milhões”.

No mesmo período, 14 empresas do PSI (excluindo o BCP) obtiveram receitas de 64,65 mil milhões de euros, um valor que compara com os 57 mil milhões de euros apresentados pelas mesmas empresas no acumulado do ano anterior. Trata-se de um acréscimo global de 13,4%.

“O crescimento das receitas mais do que compensou o dos custos, isto num período em que muitas empresas foram já afetadas pela escalada dos preços, especialmente os da energia”, salienta o documento da BA&N Research Unit.

Também o EBITDA (resultado antes de impostos, juros, depreciações e amortizações) das cotadas aumentou no ano passado, “ascendendo a 13 mil milhões de euros”. Ou seja, 11% acima dos 11,7 mil milhões apresentados em 2020.

No que respeita a dívida líquida, 2021 também foi um ano de redução, adianta o documento: “De mais de 28 mil milhões de euros em dívida registados no final de 2020, estas grandes empresas saldaram 2,45 mil milhões de euros, ou seja, quase 9% do valor total”. Do total de 25,6 mil milhões de euros em dívida, uma parte já é dívida “verde”, emitida no cumprimento dos critérios ESG – ambiental, social e governance.

BA&N Research Unit conclui: “Esta evolução contrasta com a generalidade do setor empresarial não financeiro a nível nacional que em 2021 voltou a aumentar o seu endividamento”, conclui a BA&N Research Unit, que cita indicadores do Banco de Portugal, segundo os quais, “o endividamento da economia como um todo cresceu em 16,9 mil milhões de euros, alcançando um recorde de 768 mil milhões de euros, com as sociedades privadas a darem o maior impulso”.

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