Coverflex arrecada 15 milhões e expande-se até Itália (com áudio)

Além da aposta no mercado italiano, um com a taxa de transações mais elevada da Europa, a Coverflex vai também expandir a equipa para mais de 150 trabalhadores.

A startup Coverflex levantou 15 milhões de euros através de uma ronda de investimentos Série A liderada pela SCOR Ventures. Com este investimento, a startup de soluções de compensação flexível que permite reduzir custos e maximizar rendimentos vai também lançar a sua plataforma em Itália, dando um passo na expansão europeia.

A ronda de investimento conta ainda com a Breega, que apostou na startup ainda na ronda pre-seed, a MS&AD, Armilar, Stableton, BiG Start Ventures e a Shilling. Este novo investimento foi também financiado por business angels como Firmin Zocchetto (CEO da PayFit), Job van der Voort (CEO da Remote), Humberto Ayres Pereira (CEO da Rows), Nuno Sebastião (CEO da Feedzai), Alessandro Petazzi (cofundador da Musement) e David Dattoli (fundador da Talent Garden).

Com esta ronda de Série A, o investimento total na startup atinge os 20 milhões de euros.

Com o financiamento, a empresa vai aumentar a sua equipa para mais de 150 trabalhadores até ao final de 2023, apostando nas equipas de produto, vendas e engenharia. Atualmente, a Coverflex tem perto de 100 colaboradores na Europa e América Latina.

“No atual ambiente macro, esta Série A valida a nossa visão ambiciosa, o fit com o mercado nacional e uma oportunidade de mercado na Europa, especialmente em Itália – o mercado mais rentável da Edenred a nível mundial, apesar das reações desfavoráveis que a marca tem tido recentemente tanto por parte de utilizadores como de comerciantes”, aponta Miguel Santo Amaro, CEO da Coverflex.

Estes 15 milhões de euros confirmam “que o nosso foco em adaptar os processos de recursos humanos à atual procura de uma experiência de compensação mais personalizada é, hoje, mais do que relevante”, adianta o CEO.

O diretor da SCOR Ventures, principal responsável pelo financiamento, explica que a prioridade da empresa “é construir um portefólio diverso de soluções inovadores que resolvam riscos para indivíduos, negócios e para o planeta”, no qual se encaixa a Coverflex. “Acreditamos que as empresas têm uma oportunidade para reformular a gestão de benefícios dos colaboradores e de aumentar a satisfação dos colaboradores, ao mesmo tempo que aumentam o cuidado e proteção dos mesmos através de uma nova geração de ferramentas e serviços. A Coverflex empodera empresas e colaboradores para cumprir esta mesma ambição”, explica Will Thorne, Head da SCOR Ventures.

A startup portuguesa está inserida num mercado em expansão, que é o employee benefits & well-being, avaliado em 200 mil milhões de euros, nos quais a Europa representa 40%.

A Coverflex agrega, numa única solução, uma oferta de compensação, seguro de saúde, subsídio de alimentação, benefícios sociais e descontos. Com vários fornecedores, as empresas conseguem reduzir os seus custos “através de benefícios fiscalmente eficientes, adicionando, em simultâneo, mais valor aos colaboradores, contribuindo para a sua literacia financeira em matéria de compensação e benefícios”

A plataforma desenvolvida pelos portugueses Luís Rocha, Miguel Santo Amaro, Nuno Pinto, Rui Carvalho e Tiago Fernandes, é personalizável a todos os colaboradores, podendo atribuir as vantagens necessárias que as empresas queiram.

Atualmente, a solução está disponível em mais de 3.600 empresas, como Santander, Natixis, Bolt, Emma, Revolut e Smartex. Criada em 2021, a empresa apresentou um crescimento superior a 400%. A startup tem mais de 70 mil utilizadores e já processou mais de 80 milhões de euros para as carteiras dos colaborados dos seus clientes.

Rumo a Itália

A ronda de investimento permite que a empresa expanda os seus horizontes e chegue até Itália, com o “lançamento de uma plataforma com taxas comerciais baixas e sustentáveis para bares, supermercados e restaurantes”. Assim, a startup nacional quer revolucionar o mercado de vales refeição e de benefícios.

“Em Itália, a taxa de cada transação pode chegar aos 20%, o que representa a taxa mais alta da Europa para este tipo de mercado. Os atuais fornecedores cobram comissões elevadas e pagam apenas ao fim de 60 a 90 dias, o que leva a que os restaurantes e os supermercados acabem por não aderir ao sistema”, explica Chiara Bassi, country manager do mercado italiano na Coverflex.

“Menos opções significam uma menor satisfação dos colaboradores, razão pela qual esta é uma enorme oportunidade para revolucionar o mercado”, adianta.

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