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Covid-19: 60% dos trabalhadores da Nestlé Portugal já estão a trabalhar a partir de casa

Neste momento, a Nestlé tem cerca de 2.200 colaboradores empregados no nosso país. As atividades nas unidades industriais de Avanca e de São Mamede de Infesta vão prosseguir até indicação em contrário.
17 Março 2020, 07h53

A Nestlé Portugal já tem cerca de 60% dos seus colaboradores a trabalhar em regime de teletrabalho, garantiu fonte oficial da produtora alimentar helvética ao Jornal Económico.

Neste momento, a Nestlé tem cerca de 2.200 colaboradores empregados no nosso país, incluindo a sede, em Linda-a-Velha, nos arredores de Lisboa (cerca de mil colaboradores); o centro de distribuição em Avanca, nas imediações de Aveiro (cerca de 120 funcionários); a unidade fabril dedicada à produção de cafés, São Mamede de Infesta, perto do Porto (cerca de 70 trabalhadores) e o complexo fabril de Avanca, destinado à produção de alimentos à base de cereais (cerca de 370 funcionários), além de outros colaboradores sem localização fixa.

O teletrabalho foi aplicado com particular incidência nos trabalhadores da Nestlé Portugal que trabalham na sede da empresa da multinacional suíça em Portugal, devendo, neste momento, envolver cerca de 1.300 funcionários da empresa.

Com as devidas medidas de precaução, a laboração nas unidades fabris da Nestlé em Portugal deverão prosseguir, até indicação em contrário.

“Estamos a desenvolver todos os esforços para manter seguros, durante o surto de coronavírus, todos os nossos colaboradores, parceiros de negócio e comunidades onde estamos inseridos. Assim, além dos nossos rígidos padrões normais de higiene, implementámos medidas de segurança adicionais em todos os nossos locais de trabalho”, explica fonte oficial da Nestlé Portugal ao Jornal Económico.

De acordo com essas informações, “como precaução, pedimos a todos os colaboradores para que não façam viagens de trabalho internacionais até dia 15 de abril”.

A referida fonte oficial da Nestlé acrescenta que “as exceções a esta regra necessitam de aprovação pelo diretor-geral ou até mesmo pelo diretor da zona geográfica onde a Nestlé Portugal se insere: a zona EMENA (Europa, Médio Oriente e Norte de África)”.

“Pedimos também aos colaboradores para que, sempre que possível, substituam as viagens domésticas por outras alternativas. Em relação a reuniões e conferências, foram já a ser substituídas por comunicações via digital (‘skype’ e outras ferramentas).
Todos os cursos de formação ministrados pela companhia para os seus colaboradores também se encontram suspensos até dia 30 de abril”, adianta a mesma fonte.

Os responsáveis da Nestlé Portugal adiantam que, “às medidas já enunciadas na resposta anterior, e que já se encontram em vigor, foi também recomendado a todos os colaboradores que tirem partido da política de flexibilidade laboral que a Nestlé tem já implementada no nosso país e que lhes permite trabalharem a partir de casa”.

“Neste momento, mais de 60% das pessoas estão já a trabalhar nesse regime”, assegura referida fonte, acrescentando que “a Nestlé tem partilhado com os colaboradores as indicações sobre todos os cuidados a ter de acordo com as instruções das autoridades de saúde nacionais e internacionais”, como lavar as mãos com sabão (por pelo menos 20 segundos) ou usar desinfetante para as mãos com frequência; evitar contato social próximo, como apertar as mãos; e evite participar em grandes eventos; além de cobrir a boca e o nariz com um lenço de papel ou com a manga (e não com as mãos) ao tossir ou espirrar e de ficar em casa se não se sentir bem.

“Se tiver sintomas de gripes ou resfriados, como tosse seca, dificuldade em respirar ou febre, consulte um médico”, recomenda a Nestlé Portugal.

Segundo os responsáveis da multinacional suíça, “este tempo de crise pandémica requer que todos tomemos, de forma séria, a nossa quota de responsabilidade, antecipando da melhor forma que conseguimos as medidas necessárias para contribuirmos de forma efetiva para parar esta pandemia”.

“A Nestlé é, no seu essencial, uma companhia de base industrial, dedicada à produção de alimentos e bebidas saudáveis e este é, de facto, um papel vital nestes tempos desafiantes. Temos também a obrigação de providenciar o melhor serviço aos nossos clientes, por forma a permitir-lhes servirem o público em geral nas condições mais seguras possíveis. Manter a cadeia de abastecimento alimentar a funcionar é, mais do que nunca, um serviço público que toda a comunidade espera de todos nós”, assegura a mesma fonte oficial da Nestlé.

A multinacional pediu também aos colaboradores em Portugal para que, “sempre que possível, substituam as viagens domésticas por outras alternativas”.

“A respeito de quarentena, está a ser solicitado a todos os colaboradores que se entrarem em contacto próximo com alguém suspeito ou confirmado de Covid-19 devem imediatamente entrar em contacto com a autoridade de saúde local, para obter indicações sobre como proceder. Nestes casos, é solicitado ao colaborador que fique em casa e que vigie os seus sintomas. Se se sentir mal, que entre em contato com um profissional de saúde sem demora, passando a trabalhar a partir de casa por um período mínimo de 14 dias. Na Nestlé, temos muitos colaboradores que, por questão de precaução e como sugerido pelas autoridades de saúde, já estão a trabalhar a partir de casa”, reitera a mesma fonte.

Sobre os efeitos na procura que o impacto do surto do coronavírus está a ter na atividade económica da Nestlé Portugal em termos de procura de produtos, de vendas e de receitas, a referida fonte oficial da empresa salienta que “a importância desta situação de pandemia implica que também as empresas equacionem com especial atenção os possíveis efeitos das declarações que prestam”.

“A Nestlé tomou a decisão de não fazer quaisquer tipo de comentários relativamente aos efeitos económicos da situação de pandemia nos seus negócios”, responde a mesma fonte.

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