A pandemia da Covid-19 atingiu em força a plataforma de aluguer de habitação Airbnb. A empresa norte-americana que já tem cima da mesa um pedido de uma oferta pública inicial (IPO) registou nos primeiros nove meses do ano perdas de 587 milhões de euros, revela o “Business Insider” esta terça-feira, 17 de novembro.
Durante este período, a Airbnb registou uma quebra de 32% nas suas receitas, passando dos 3,11 mil milhões de euros, para os 2,10 mil milhões de euros. Em 2019, a receita anual tinha-se fixado nos quatro mil milhões de euros.
Olhando para o terceiro trimestre, as receitas da plataforma caíram quase 18% face ao mesmo período homólogo de 2019, tendo registado um lucro de 184 milhões de euros, sendo que o total de receitas atingiu os mil milhões de euros.
Em 2020, foram reservadas 146,9 milhões de noites ou experiências na plataforma Airbnb, uma queda de 41% em relação ao mesmo período do ano passado. A queda mais acentuada aconteceu durante o segundo trimestre, com as reservas a cairem 67%.
Contudo, e com os casos de Covid-19 a aumentarem a nível mundial, a Airbnb espera quebras mais altas nas reservas e cancelamentos durante o quarto trimestre. Em maio, a Airbnb esperava que a sua receita anual fosse menos de metade dos seus em 2019, cenário que levou a plataforma a despedir 1.900 funcionários, o equivalente a 25% da sua equipa.
A Airbnb revelou ainda que sofreu perdas anuais de receitas líquidas de 58 milhões de euros, 14 milhões e 568 milhões de euros em 2017, 2018 e 2019, respetivamente, assumindo que o mesmo cenário de quebra acontecerá em 2020.
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