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Covid-19. No espaço de uma semana surgiram 52 surtos em lares de idosos

Os lares de idosos são um dos principais focos do novo coronavírus no país, com estes locais a representarem mais de 30% dos novos casos. Em relação aos novos casos confirmados totais, Lisboa regista o dobro face ao Porto ou a Braga.
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10 Maio 2020, 14h17

Mais de 30% dos novos casos de Covid-19 em Portugal ocorrem em lares de idosos. Esta é uma das conclusões do relatório levado a cabo pelo Governo e Direção-Geral da Saúde (DGS) para o período entre 1 a 7 de maio.

Entre 1 a 7 de maio, houve 2.078 novos casos confirmados no país, com 92% destes a disporem de informação completa, sobre o qual foi elaborado este relatório.

Destes casos, 55% são do sexo feminino, 17% grupo etário acima dos 80 anos, 16% do grupo entre os 30 e os 39 anos. Por região de residência, 36% dos casos residem no distrito de Lisboa, 15% distrito do Porto e 15% no distrito de Braga, segundo revelou a ministra da Saúde na habitual conferência de imprensa diária este domingo.

Entre os novos casos, 43% mostravam sintomas, enquanto 30% não tiveram sintomas, com 9% dos casos a terem uma comorbidade associada – como diabetes ou hipertensão, por exemplo.

Dos casos sobre os quais existia informação sobre o tipo de transmissão, 32% das infeções foram contraídas em lares de idosos, 32% entre coabitantes, 19% em ambiente laboral, 7% em ambiente social, 4% de casos contraídos entre profissionais de lares de idosos, e 3% de casos contraídos entre profissionais de saúde, de acordo com Marta Temido.

De 1 a 7 de maio, registaram-se surtos em 52 lares para idosos, entre Norte, Lisboa e Vale do Tejo, Centro, Alentejo, Algarve, e Centro; surtos em 13 empresas privadas; e mantiveram-se os surtos em unidades de residências temporárias para requerentes de proteção internacional.

Portugal conta com 27.581 casos confirmados da doença Covid-19, mais 0,63% face a sábado, segundo os dados divulgados pela Direção-Geral da Saúde (DGS) este domingo. O novo coronavírus também provocou um total de 1.135 vítimas mortais, mais 0,8% face ao registado ontem.

“A nossa atuação irá continuar a concentrar-se nestes focos, na medida em que esta linha é também uma linha desenvolvida em vários países e também a mais promissora num contexto em que procuramos o gradual e progressivo retomar da nossa atividade”, disse a ministra da Saúde este domingo.

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