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Pior verão de sempre na aviação leva IATA a agravar projeções

Assim, a atual previsão é que a pandemia de covid-19 e as medidas restritivas que se seguiram motivem uma queda do tráfego aéreo em 66% em todo o mundo este ano face ao ano passado, quando anteriormente a IATA apontava para uma redução de 63%.
29 Setembro 2020, 16h32

A fraca retoma da aviação nos últimos meses, que causou o “pior verão de sempre” no setor, levou hoje a Associação Internacional de Transporte Aéreo (IATA) a piorar as projeções, prevendo que o tráfego mundial caia este ano 66%.

Em comunicado, a IATA indica que “baixou a sua previsão de tráfego para 2020 para refletir uma recuperação mais fraca do que o esperado, como evidenciado pelo fim sombrio da época de viagens de verão no hemisfério norte”.

Assim, a atual previsão é que a pandemia de covid-19 e as medidas restritivas que se seguiram motivem uma queda do tráfego aéreo em 66% em todo o mundo este ano face ao ano passado, quando anteriormente a IATA apontava para uma redução de 63%.

A contribuir para esta revisão em baixa está o facto de a procura estar “extremamente enfraquecida em relação aos níveis normais” de agosto e de, também neste mês, “a recuperação dos serviços aéreos de passageiros ter sido interrompida por um regresso das restrições governamentais face a novos surtos de covid-19 em vários mercados-chave”.

De acordo com o presidente executivo da IATA, Alexandre de Juniac, esta foi aliás a “pior época de verão de sempre da indústria”, marcada especialmente por um “desastroso desempenho do tráfego em agosto”.

Apontando que “a recuperação da procura internacional é praticamente inexistente” e que alguns mercados domésticos estão “a regredir”, o responsável fala num “triste período” de verão, habitualmente época alta na aviação.

Relativamente à Europa, a associação que representa 209 companhias aéreas a nível mundial – entre as quais a portuguesa TAP – e 82% do transporte global aponta que a procura por transportadoras europeias afundou 79,9% em agosto face ao mesmo mês do ano passado.

Ainda assim, esta redução foi melhor do que a registada em julho passado (87%), altura em que as restrições de viagem começaram a ser levantadas no espaço Schengen.

“No entanto, dados de voos mais recentes sugerem que esta tendência se inverteu devido ao regresso às restrições e à quarentena em alguns mercados”, lamenta a IATA.

A pandemia de covid-19 tem tido sérias consequências nas viagens a nível mundial devido às medidas restritivas adotadas para conter o surto, com as companhias aéreas a registarem sérias dificuldades financeiras devido à falta de liquidez.

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