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Covid-19: Representante da Madeira favorável a encerramento das escolas

O Representante da República para a Madeira disse que “se as autoridades de saúde da região recomendarem o fecho das escolas, se esta recomendação for aceite pelo Governo Regional, essa medida terá todo o meu apoio, como têm tido o apoio todas as medidas que até hoje foram decretadas”.
20 Janeiro 2021, 14h56

O representante da República ara a Madeira, Ireneu Barreto, afirmou que, como cidadão, é favorável ao encerramento total das escolas na região, adiantando que apoiaria esta medida se fosse determinada pelas autoridades de saúde e o Governo do arquipélago.

“Na minha opinião pessoal, enquanto cidadão, eu diria que sim [ao encerramento total das escolas]”, declarou Ireneu Barreto, em declarações à agência Lusa.

Mas, como representante da República, sublinhou, não tem “qualquer possibilidade de decretar o encerramento das escolas”, sendo a Educação uma das áreas regionalizadas, que estão sob a tutela do Governo da Madeira.

O juiz conselheiro destacou que todas as medidas adotadas na Madeira foram as sugeridas e tidas por convenientes pelas autoridades regionais de saúde.

“Se as autoridades de saúde da região recomendarem o fecho das escolas, se esta recomendação for aceite pelo Governo Regional, essa medida terá todo o meu apoio, como têm tido o apoio todas as medidas que até hoje foram decretadas”, sublinhou.

O Governo da Madeira tem recusado encerrar a generalidade das escolas no arquipélago, tendo determinado a partir de 13 de janeiro a suspensão das aulas presenciais para os alunos do 3.º ciclo e do ensino secundário em todas as escolas, até 31 de janeiro. Tem-se mantido o funcionamento normal nos restantes graus de ensino.

Ireneu Barreto salientou que o executivo madeirense, de coligação PSD/CDS, liderado pelo social-democrata Miguel Albuquerque, “tem colhido sistematicamente” o seu “parecer e opinião antes de decretar as medidas” de combate à pandemia da covid-19 no arquipélago.

Questionado sobre o adiamento das eleições presidenciais agendadas para domingo, argumentou que esta teria de ser uma determinação a nível nacional e que era necessário proceder a uma revisão constitucional.

“Não havia ‘timing’ para que isso pudesse acontecer nestes dias”, apontou.

O juiz conselheiro realçou que se a situação epidemiológica registada presentemente tivesse acontecido nos meses de junho ou julho, “nessa altura se teria procedido a uma revisão constitucional para permitir que as eleições fossem adiadas por alguns meses, para que se conseguisse a chamada imunidade de grupo”.

“Mas isso não foi feito. As eleições vão realizar-se no domingo”, vincou, apelando a que as pessoas exerçam o seu dever cívico, dada a importância destas eleições, porque “o papel do Presidente da República é fundamental em geral e, sobretudo, em período de crise”.

O representante argumentou que, apesar do recolher obrigatório, “as mesas de voto vão estar abertas até à hora regimental (até às 19:00)”.

“O recolher obrigatório é para ser respeitado”, disse, ressalvando que ir votar é uma das exceções permitidas.

De acordo com os dados divulgados na terça-feira pela Direção Regional de Saúde, a Madeira registou 138 casos novos casos de covid-19, passando a contabilizar 3.777 infeções no total, das quais 1.735 situações ativas e 31 óbitos.

Em Portugal, morreram 9.246 pessoas dos 566.958 casos de infeção confirmados, de acordo com o boletim mais recente da Direção-Geral da Saúde.

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