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Covid-19 responsável por quase 6% das mortes em 2020. Norte e Lisboa mais afetados por pandemia

As doenças do aparelho circulatório continuaram a estar na origem do maior número de óbitos, registando uma subida de 2,9% em relação ao ano anterior, mas uma descida, em termos relativos, de 1,9%.
16 Maio 2022, 10h37

A Covid-19 foi a a segunda principal causa de morte, tendo sido responsável por 5,8% dos óbitos em 2020, segundo dados do Instituto Nacional de Estatística (INE) divulgados esta segunda-feira. Foram 7.125 os óbitos desencadeados pelo coronavírus.

“A taxa de mortalidade por esta doença foi 69,0 óbitos por cada 100 mil residentes em Portugal, mais elevada nos homens (76,4 por 100 mil homens) do que nas mulheres (62,5 por 100 mil mulheres), enquanto a idade média ao óbito foi mais elevada nas mulheres (83,4 anos) do que nos homens (79,9 anos)”, informa a nota. Assim, verifica-se que a mortalidade pela Covid-19 foi mais elevada e mais prematura no sexo masculino.

Os meses mais frios (novembro e dezembro) foram os mais mortais, acumulando 64,0% dos óbitos causados pelo coronavírus (4.558 óbitos). Em comparação, em abril e outubro desse ano registaram-se, respetivamente, 11,9% e 9,1% do total de mortes por Covid-19.

Em termos de regiões, as taxas de mortalidade pelo coronavírus foram mais elevadas nas regiões Norte (91,5 por 100 mil habitantes) e Área Metropolitana de Lisboa (71,5). A mais baixa verificou-se na Região Autónoma da Madeira (5,9).

As doenças do aparelho circulatório continuaram a ser a principal causa de morte em 2020 (34.593), com uma subida de 2,9% em relação ao ano anterior. Contudo, em termos relativos, representaram 28,0% do total de óbitos, menos 1,9 pontos percentuais (p.p.) do que no ano anterior e menos 1,0 p.p. do que em 2018. Neste conjunto de doenças, destacaram-se as mortes por acidentes vasculares cerebrais (11.439), com uma subida de 4,2% em relação ao ano anterior. Em contrapartida, registaram-se menos óbitos por doença isquémica do coração (6.838 óbitos) e por enfarte agudo miocárdio (4.086 óbitos), em ambos os casos menos 4,4% do que em 2019.

As doenças do aparelho respiratório, que não incluem a Covid-19, causaram 11.266 óbitos, menos 8% do que em 2019 e representaram 9,1% da mortalidade total ocorrida no país (menos 1,8 p.p. do que em 2019 e menos 2,6 p.p. do que em 2018). Neste grupo, destacaram-se as mortes provocadas por pneumonia, com 4.359 óbitos, que representaram 3,5% da mortalidade ocorrida em 2020 (4,2% em 2019 e 5,1% em 2018) e diminuíram 7,3% em relação ao ano anterior.

Relativamente a cancro, no primeiro ano de pandemia, registaram-se 4.318 mortes provocadas por tumores malignos da traqueia, brônquios e pulmão, menos 2,0% do que no ano anterior, que representaram 3,5% do total de mortes no país (3,9% em 2019 e 3,8% em 2018). Os tumores malignos do cólon, reto e ânus representaram 3,1% da mortalidade em 2020 (3,4% nos dois anos anteriores), com 3.810 óbitos.

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