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CP quer mobilização contra aumento de violência em atos de vandalismo

Transportadora ferroviária nacional revela que gasta três milhões de euros por ano na limpeza de comboios ‘grafitados’.
  • Jose Manuel Ribeiro/Reuters
9 Junho 2017, 17h08

A CP, transportadora ferroviária nacional, apelou hoje à mobilização pública contra aumento de violência em atos de vandalismo.

“Todos os anos se somam atos de vandalismo nos comboios a nível nacional, com particular incidência na prática de ‘graffiti’, por grupos que não hesitam em exercer atos de violência contra a tripulação dos comboios para conseguir atingir o objetivo de vandalizar determinadas composições”, reclama a CP em comunicado.

O documento em causa acrescenta que, “ultimamente, têm-se verificado situações de ataque aos comboios, felizmente ainda em número muito reduzido, que envolvem características de violência que cumpre atalhar e combater com decisão: indivíduos encapuçados, bloqueio de portas do comboio impedindo a sua marcha, arremesso de objetos e ameaças aos revisores, tudo com o fito de imobilizar as composições o tempo suficiente para a referida ‘grafitagem'”.

“Esta forma de atuação coloca em sério risco a segurança da operação e de todos os envolvidos”, alerta a CP no mesmo documento.

Segundo o comunicado da empresa liderada por Manuel Queiró, “a CP, que regularmente promove expressões artísticas nos seus comboios, encontra-se particularmente à vontade para rejeitar qualquer confusão dessa atividade artística com uma ‘grafitagem’ praticada com estes contornos, que configuram atos de puro vandalismo e delinquência e podem consubstanciar diversos ilícitos criminais”, como invasão do domínio público ferroviário, permanência em plena via-férrea a ‘grafitar’ os comboios; e crime de coação, de sequestro e de dano e ofensas à integridade física, colocando em risco a segurança das pessoas que se encontram a bordo.

“Só este ano mais de três milhões de euros são gastos em vigilância e sobretudo em limpeza dos comboios. Mas cada comboio imobilizado para limpeza e/ou reparação é um comboio a menos no transporte dos milhares de clientes que todos os dias dependem dele para as suas vidas. É por isso que a CP entende que o combate a este tipo de vandalismo requer mais do que medidas reativas, e que se impõem ações fortes que inibam a sua repetição”, defende o comunicado da transportadora ferroviária nacional.

A CP diz que “nenhuma condescendência pode atenuar a obrigação de combater estas práticas de vandalização de bens públicos e ameaça à segurança das pessoas”.

“Assim, em nome da segurança dos seus clientes e trabalhadores, e na defesa dos bens públicos colocados à sua guarda, a empresa entende necessário ir mais além do que atualmente é possível fazer nos quadros legislativo, policial e operacional existentes. Para tanto, a CP apela à mobilização da opinião pública para uma maior condenação e intolerância perante estas práticas”, conclui o comunicado da transportadora ferroviária nacional.

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