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Crédito à habitação. Saiba a diferença entre ‘spread’ base e ‘spread’ contratado

O spread é livremente definido pela instituição de crédito para cada contrato e representa o acréscimo (em pontos percentuais) ao indexante utilizado no crédito à habitação.
2 Agosto 2022, 06h45

Nem todos os consumidores sabem o que é o spread e qual a diferença entre spread base e spread contratado.

Referimo-nos a conceitos muito importantes, nomeadamente para quem pretende pedir um empréstimo para compra de casa, permitindo a avaliação de qual o melhor crédito à habitação.

Nos créditos com taxa de juro variável, a taxa de juro do empréstimo resulta da soma de duas parcelas: Taxa de juro = Indexante ou taxa de referência (Euribor) + Spread.

O spread é livremente definido pela instituição de crédito para cada contrato e representa o acréscimo (em pontos percentuais) ao indexante utilizado no crédito à habitação.

Em termos simples, é a margem de lucro da instituição financeira e pode variar de banco para banco, sendo negociável.

Uma diferença de, por exemplo, meio ponto percentual poderá representar milhares de euros de poupança no custo total do crédito.

O cliente bancário poderá escolher o prazo da Euribor, mas o banco propõe usualmente o prazo de 12 meses.

O spread será tanto mais alto quanto o cliente representar um maior risco para o banco.

Se, por exemplo, a margem entre o valor da avaliação da casa e o montante de financiamento (LTV) for pequena, a taxa de esforço for elevada ou o cliente tiver um contrato a termo certo ou não houver fiadores, o risco para o banco será maior, donde poderá resultar um spread mais elevado.

O spread base é o spread máximo que pode ser aplicado ao crédito. Para conseguir reduzir este spread o banco irá propor a subscrição ou contratação de um, dois ou de um pacote de produtos ou serviços, donde resultará o spread contratado.

O spread base será pois reduzido até ao spread contratado, em função dos produtos ou serviços financeiros que subscrever, (ex.º: domiciliação do ordenado, homebanking, cartão de crédito, PPR, seguros, etç).

Poderá conseguir uma redução de 1% ou 2% no spread, mas deve reflectir sobre se:

  • Precisa mesmo dos produtos/serviços?
  • Se ao longo do período de vida do empréstimo deixar de deter um ou mais desses produtos/serviços, o spread aumentará e pagará um juro superior?

 

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