No primeiro semestre de 2018, o Grupo Crédito Agrícola apresentou um resultado líquido consolidado de 64,2 milhões de euros (+37% face a junho de 2017), para o qual o negócio bancário contribuiu com 58,4 milhões de euros (+34% face ao período homólogo), diz o grupo liderado por Licínio Pina.
Isto é, o Grupo que reúne caixas Caixas de Crédito Agrícola Mútuo lucrou num ano mais 17 milhões de euros e só o negócio bancário lucrou mais 15 milhões de euros.
A margem financeira do negócio bancário subiu 2,5% face a junho do ano passado para 173,5 milhões, “fruto do crescimento da carteira de crédito e do ajustamento na remuneração dos depósitos de clientes”; as comissões subiram 11,4% para 50,9 milhões e o produto bancário ficou assim 6,7% acima do ano passado ao se fixar em 258,3 milhões de euros.
Complementarmente a margem técnica do negócio segurador registo uma subia de 16,7 milhões de euros (+259%).
Nos primeiros 6 meses de 2018, os resultados registados nos veículos de desinvestimento imobiliário (nomeadamente via desvalorização de unidades de participação) penalizaram os resultados consolidados em 8,3 milhões de euros.
A rentabilidade alcançada pelo Grupo Crédito Agrícola no primeiro semestre de 2018 (8,8% de ROE) “espelha os resultados positivos conseguidos nas diferentes componentes do Grupo (Caixas Agrícolas, Caixa Central, companhias de seguros vida e não vida e gestão de activos e fundos de investimento), sendo de assinalar os contributos positivos de 4,1 milhões de euros da CA Vida, de 2,6 milhões de euros da CA Seguros e de 0,1 milhões de euros da CA Gest”, lê-se na nota.
Destaque ainda par o facto de os custos terem subido 2,3% para 167,5 milhões.
Em termos de Balanço, em 30 de junho de 2018, a carteira de crédito (bruto) a clientes do Grupo Crédito Agrícola ascendeu a 9,6 mil milhões de euros, uma variação positiva de 6,3% nos últimos 12 meses “que contrasta com a variação homóloga negativa de 1,3% registada pelo conjunto das instituições financeiras em Portugal com referência a maio de 2018”, diz o Grupo em comunicado.
“A evolução positiva nas variáveis-chave de actividade bancária esteve associada a uma dinâmica muito positiva do Crédito Agrícola em todas as áreas de negócio”, salienta a instituição que acrescenta que “este facto terá contribuído para o reforço de quota de mercado do Grupo Crédito Agrícola num movimento que se verifica nos últimos 6 anos consecutivos”.
Em termos de qualidade da carteira de crédito do Grupo Crédito Agrícola, o rácio de crédito vencido há mais de 90 dias em Junho de 2018 situou-se nos 5,1%, valor que compara com os 5,4% registados no final de 2017. Em comunicado o Grupo diz que “tem vindo a dar continuidade a uma gestão sã e prudente, reflectida em imparidades de crédito acumuladas a Junho de 2018 de 654 milhões de euros [-2,9%, ou seja menos 19 milhões de euros dos que as constituídas em junho de 2017] valor que confere um folgado nível de cobertura do crédito vencido de 130,9%”.
Em junho de 2018, os recursos de clientes sob a forma de depósitos bancários totalizaram 13,0 mil milhões de euros, evidenciando um crescimento, em termos homólogos, de 9,4% correspondente a 1.118 milhões de euros. “Este aumento de recursos contribuiu para a redução do rácio de transformação que, no final do período, ascendia a 68,5%, ainda assim significativamente abaixo do limiar máximo de transformação recomendado (120%)”, diz o Crédito Agrícola.
Com referência a 30 de Junho de 2018 e de acordo com as regras CRD IV/CRR phased-in a que se encontra sujeito, o Grupo Crédito Agrícola apresenta um confortável nível de solvabilidade consubstanciado pelo rácio common equity tier 1 (CET1) de 13,9%, valor superior aos níveis mínimos recomendados.
“O Crédito Agrícola é o único banco a operar em Portugal filiado no sector bancário cooperativo europeu (que integra alguns dos maiores bancos mundiais) e tem capitais exclusivamente nacionais, do qual fazem parte um conjunto de empresas financeiras, entre as quais as seguradoras CA Vida e CA Seguros, e que apresenta uma oferta universal de produtos e serviços financeiros e de proteção”, situa o Grupo.
“O Grupo CA, através da implementação de uma estratégia coordenada entre os 80 bancos regionais que o compõem, prossegue empenhado em dinamizar a economia das cidades e vilas e em contribuir para a coesão social e territorial de Portugal. Fruto da sua missão de desenvolvimento regional e da sua vocação de banco de proximidade, o Grupo CA apresenta a segunda maior rede bancária em Portugal com 659 agências (Jun.2018) tendo, em termos líquidos, reduzido apenas 11 agências nos últimos 12 meses”, refere o comunicado.
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