O volume de crédito concedido pela banca angolana caiu 7,4 por cento em dezembro, face ao mês anterior, cifrando-se em 39,9 mil milhões de euros, o registo mais baixo em seis meses, segundo dados compilados pela Lusa.
De acordo com a informação dos boletins mensais do Banco Nacional de Angola (BNA), sobre a situação do crédito interno, entre novembro e dezembro de 2014 o crédito total concedido caiu mais de 385 mil milhões de kwanzas (3,2 mil milhões de euros, à taxa de câmbio atual).
No final de 2014, os empréstimos da banca comercial angolana ao Estado, empresas públicas e ao setor privado totalizavam 4,764 biliões de kwanzas (39,9 mil milhões de euros).
O crédito negociado pela banca angolana cresceu consecutivamente, até novembro último, pelo menos desde dezembro de 2013, mês em que o volume total concedido se cifrou em 4,127 biliões de kwanzas (34,5 mil milhões de euros, à taxa de câmbio atual).
O total do crédito concedido pela banca ao Estado angolano cifrava-se em dezembro em cerca de 1,786 biliões de kwanzas (14,9 mil milhões de euros), enquanto o setor empresarial público tinha empréstimos a rondar os 61,5 mil milhões de kwanzas (516 milhões de euros).
Ainda segundo o relatório do BNA de dezembro, o crédito atribuído ao setor privado liderava, com mais de 2,809 biliões de kwanzas (23,5 mil milhões de euros), mas traduzindo-se numa quebra de 403 mil milhões de kwanzas (3,3 mil milhões de euros).
O crédito ao setor privado atingiu assim o valor mais baixo desde fevereiro de 2014, quando esse total atingiu os 2,799 biliões de kwanzas (23,4 mil milhões de euros, à taxa de câmbio atual).
O mesmo relatório não identifica o volume de crédito malparado no sistema bancário angolano. Contudo, um estudo apresentado em outubro último pela consultora KPMG identificava que o volume de crédito vencido nas 24 instituições bancárias angolanas analisadas voltou a registar um aumento em 2013, de 31,9 por cento, em termos homólogos.
No final daquele ano, o total vencido do crédito concedido situava-se em 8%, enquanto em 2012 era de 6,83%.
OJE/Lusa