O exercício não tem sido fácil para António Costa e para Mário Centeno. Se, por um lado, têm de gabar o que consideram o brilharete da redução do peso da dívida pública na economia este ano, por outro, são obrigados a defenderem-se da realidade que o valor absoluto da dívida não pára de crescer. Em julho deste ano, o primeiro-ministro foi questionado sobre um novo recorde atingido no valor do endividamento. António Costa respondeu que a trajetória da dívida é conhecida e que em 2018, pelo segundo ano consecutivo, Portugal vai reduzir a dívida. Foi uma resposta pouco concreta.
Portugal deverá conseguir este ano baixar o rácio da dívida pública face ao Produto Interno Bruto (PIB), para 121,2%, a quarta descida seguida, numa tendência iniciada pelo Governo anterior. No entanto, se olharmos pelo prisma do total da dívida, e não apenas do rácio, o país não vai conseguir reduzir o valor este ano. António Costa salientou em julho que a evolução da dívida mede-se anualmente e não pela conjuntura do mês, “porque as operações são diversas ao longo do ano”. Segundo dados divulgados pelo Banco de Portugal esta semana, a dívida das administrações públicas atingiu um novo máximo em outubro, nos 251 mil milhões, face aos cerca de 243 mil milhões no final de 2017.
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