O Abanca está há dois anos em contacto com o EuroBic para tentar fechar a compra da instituição financeira, algo que ainda não aconteceu. O banco galego garante que Portugal continua a ser essencial para a implementação da sua estratégia ibérica, numa altura em que o negócio em território nacional mantém a rota de crescimento.
“O nosso interesse em Portugal continua”, disse Francisco Botas Ratera, CEO do Abanca, na conferência de imprensa para a apresentação dos resultados para o primeiro semestre, quando questionado sobre a compra do EuroBic e a possibilidade de vir a estar interessado no Novobanco quando o banco chegar ao mercado.
É um país “onde estamos a crescer a dois dígitos, tanto em número de clientes como em margem e volume de negócio”, referiu o gestor, salientando que Portugal e a “abordagem com uma visão ibérica é fundamental para o Abanca”.
As declarações são feitas numa altura em que o negócio para a venda do EuroBic ao Abanca parece estar quase fechado, como tem sido avançado, uma vez que já há um entendimento entre os acionistas angolanos e os galegos. Falta, no entanto, a autorização das autoridades angolanas para se concluir a operação. As duas entidades chegaram a ter um acordo em 2020, mas acabou por cair.
O Abanca obteve lucros de 104,3 milhões de euros no primeiro semestre, o que representa um aumento de 14,3% em comparação com o mesmo período do ano passado, descontando o impacto contabilístico da integração do Bankoa, que teve lugar em janeiro de 2021, de acordo com um comunicado divulgado pela instituição financeira.