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Crise da Ucrânia: russos e norte-americanos colocam tropas em movimento

Os exércitos russo, dos Estados Unidos e da NATO estão a avaliar a sua prontidão para o combate, numa escalada de tensão que nada parece conseguir parar. Ao estado de alerta de 8.500 soldados norte-americanos, a Rússia responde com movimentações no Mar Negro e no Cáspio.
25 Janeiro 2022, 17h20

O secretário da Defesa norte-americano colocou cerca de 8.500 militares em alerta máximo, prontos para serem mobilizados pela NATO, se necessário, face ao aumento de receios de uma invasão da Ucrânia pela Rússia, revelou o Pentágono.

Segundo o porta-voz do Pentágono, John Kirby, ainda não foi tomada nenhuma decisão final sobre mobilização de tropas, mas a ordem do chefe do Pentágono, Lloyd Austin, procura garantir que os Estados Unidos estão prontos para dar uma resposta, caso a NATO decida enviar a sua força de reação rápida para a região.

Ao mesmo tempo, forças navais russas da Frota do Mar Negro e do Mar Cáspio vão realizar um exercício de tiro real para avaliação da prontidão de combate das tropas no sul do país, envolvendo cerca de seis mil soldados, informou a assessoria de imprensa do Distrito Militar do Sul da Rússia esta terça-feira, citada pela agência noticiosa russa Tass.

Os países da NATO colocaram forças em alerta e enviaram navios e aviões de combate para reforçar a defesa na Europa Oriental contra a atividade militar russa nas fronteiras da Ucrânia, anunciou entretanto a Aliança Atlântica. Numa declaração divulgada em Bruxelas, a NATO deu conta do reforço de meios na região, em curso e futuros, por parte da Dinamarca, Espanha, França, Países Baixos e Estados Unidos.

Entretanto, os líderes dos países bálticos congratularam-se com a informação de que os Estados Unidos planeiam enviar milhares de militares, juntamente com aviões e navios de guerra, para os aliados da NATO no Báltico e na Europa Oriental.

D lado de Moscovo, o Kremlin acusou a NATO e os Estados Unidos de “exacerbarem” as tensões ao decidirem enviar navios de guerra e caças para a Europa de Leste, num quadro de uma suposta invasão russa da Ucrânia. “As tensões são intensificadas por anúncios e ações concretas dos Estados Unidos e da NATO”, afirmou o porta-voz do Kremlin, Dmitri Peskov.

Mas permaneceu o silêncio em relação a estas movimentações mais recentes. “Qualquer posição adicional de Moscovo será determinada depois que receber a resposta dos Estados Unidos às propostas russas sobre garantias de segurança, disse Dmitry Peskov, já esta terça-feira.

Por outro lado, a Ucrânia revelou esta terça-feira ter desmantelado um grupo que agia sob ordem de Moscovo e que se preparava para realizar ataques armados para “desestabilizar” o país. “As organizações do grupo estavam a preparar uma série de ataques armados contra infraestruturas”, adiantou em comunicado, o Serviço Ucraniano de Segurança (SBU).

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