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Crise migratória é “oportunidade para a Europa”, defende Constança Urbano de Sousa

Nas Conferências do Estoril, a ministra da Administração Interna ressalvou a necessidade de segurança nas fronteiras, mas invocou também um “dever civilizacional” de “fazer muito mais” pelo acolhimento e integração de refugiados.
31 Maio 2017, 18h26

A ministra da Administração Interna, Constança Urbano de Sousa, defendeu hoje nas Conferências do Estoril que a “imigração é uma oportunidade para a Europa”, nomeadamente para “suster o declínio demográfico” e “assegurar a sustentabilidade dos sistemas de segurança social.”

O tema do painel em que a ministra participou assumia a forma de uma questão: “Irá a União Europeia sobreviver à crise migratória?” Na sua intervenção, Urbano de Sousa ressalvou que “as fronteiras são necessárias” e salientou a necessidade de salvaguardar a segurança dos estados, mas não deixando de perspetivar a imigração como algo que pode ser positivo, dado o “envelhecimento da Europa.”

“Podemos receber todos os refugiados do mundo? Claro que não, nunca teremos essa capacidade. Mas podemos fazer muito mais para cumprir não só o nosso dever jurídico, mas também civilizacional. Temos de investir também mais fortemente em políticas de integração. Se quisermos preservar a paz e a coesão social, temos de investir mais nas sociedades europeias, na integração de migrantes e preparar as sociedades de acolhimento para algo que é inevitável nas próximas décadas,” afirmou a ministra portuguesa.

No que respeita à crise dos refugiados, Urbano de Sousa alertou para a desigualdade da escala de acolhimento, referindo que “64% dos refugiados sírios que chegaram à Europa estão na Alemanha e na Suécia.” E instou: “A Europa tem de ter medidas equitativas de partilha de responsabilidades.”

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