A líder do CDS-PP diz estar preparada para servir de alternativa a um Governo que “não está preocupado” nem “aprendeu nada” com a “segurança de pessoas e bens”.
A presidente do CDS-PP, Assunção Cristas, afirmou este sábado que está disponível para formar um bloco de centro direita para servir de alternativa a um Governo que “não está preocupado” nem “aprendeu nada” com a “segurança de pessoas e bens”. Assunção Cristas acusa o Governo de “não dizer toda a verdade” aos portugueses e de “fingir que está tudo bem”.
A líder do CDS lembrou que uma das principais funções do Estado é a “segurança de pessoas e bens” e que este falhou no verão passado, “pondo a nu a sua fragilidade”. Assunção Cristas considera que a situação “não é admissível” e recordou que o CDS-PP já fez saber que vai chamar ao parlamento o ministro da Defesa e o Chefe do Estado-Maior General das Forças Armadas (CEMGFA) para “perceber o que falta, onde falta, como falta e como é que isto deve ser colmatado”.
“Depois de Pedrógão e depois de Tancos, ver um Governo mais uma vez não dar atenção a estas áreas já nem é um sinal de desleixo, é um sinal de muito pouca inteligência”, afirmou Assunção Cristas, num jantar da tomada de posse dos órgãos distritais do CDS-PP Leiria. “Ficámos espantados ao saber que as promessas, no que diz respeito às nossas Forças Armadas, aparentemente não serão cumpridas”, disse.
Assunção Cristas acusa o primeiro-ministro, António Costa, de ser “absolutamente incapaz de sinalizar as suas prioridades e “pintar um cenário cor-de-rosa”. “Porém o que vemos são escolas com problemas, hospitais que cada vez têm menos, centros saúde que não têm dinheiro para o básico para assistir os seus utentes e profissionais desmotivados”, sublinhou.
O Governo “não diz que para atingir as tais metas do défice é preciso sacrificar alguma coisa” e “é preciso sacrificar muitas vezes o que tem a ver com o bem-estar diário dos portugueses”, frisou a líder centrista. “Em 2019, o que vamos saber é quem é que consegue somar um apoio no parlamento de 116 deputados. Não vejo por que não possamos criar um bloco de centro direita e constituir esse número de deputados”, ressalva.