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Cruz Vermelha confirma fim da retirada de civis de Alepo

A operação concluída esta noite retirou 35.000 pessoas da cidade síria.
  • Reuters
23 Dezembro 2016, 09h38

A Cruz Vermelha confirmou o fim da retirada de civis e combatentes do leste da cidade síria de Alepo. A operação concluída na madrugada de hoje com a ajuda do Comité Internacional da Cruz Vermelha e do Crescente Vermelho Sírio abarcou 35.000 pessoas que foram levadas para zonas rurais da província de Alepo.

“A nossa prioridade, além de ajudar os mais vulneráveis, foi garantir que os civis saíam por sua livre vontade”, afirmou a diretora da delegação do Comité Internacional da Cruz Vermelha, Mariannne Gasser, como cita a Reuters. A diretora salientou também que “os civis que, como estes milhares de famílias de Alepo, Fua e Kefraya, decidiram sair devem poder voltar às suas casas quando quiserem”.

“Há comunidades cujos bairros foram devastados pela violência e famílias que lutaram durante meses para encontrar segurança, alimentação, assistência médica e um refúgio adequado. Eles pareciam desesperados para sair, embora a situação fosse extremamente dolorosa e confusa”, acrescentou.

O Internacional da Cruz Vermelha e o Crescente Vermelho Sírio atuaram como intermediários “humanitários neutros” nas negociações do acordo de retirada. Apesar do sucesso da operação, registaram-se cerca de uma centena de feridos durante a retirada de civis de Alepo.

Uma operação semelhante nas localidades de Fua e Kefraya, na província vizinha de Idleb resgatou um total de 1.200 pessoas, a maioria mulheres, menores e idosos.

A fim da retirada de civis de Alepo aconteceu logo depois de o exército sírio ter anunciado a sua maior vitória desde o início da guerra há seis anos. A cidade síria foi totalmente recuperado das forças rebeldes ontem, o que Damasco considerou ser um “regresso da segurança”.

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