Numa autêntica troca de comunicados, os CTT vieram a público rejeitar a divulgação de “informação enganosa” apontada pela Anacom e reiteram os dados divulgados no passado dia 13 e complementados esta terça-feira.
Hoje a Anacom acusou os CTT de divulgarem “informação enganosa”, quando anunciaram a 13 de fevereiro que o volume de reclamações recebido no ano passado pela empresa tinha descido 7% e não subido 36% em 2018 como disse o regulador.
A Anacom contrapôs hoje dizendo que as reclamações contra os CTT caem 7% em 2018, mas nas encomendas sobem 15%.
Em resposta à resposta da Anacom os CTT divulgaram um comunicado onde reafirmam que a variação do total de reclamações e pedidos de informacao, tal como referido no comunicado do passado dia 13, caíram 7%, correspondendo a um aumento de 9% das reclamações em sentido estrito.
“As solicitações dos clientes dos CTT compreendem pedidos de informação e reclamações em sentido estrito”, diz os Correios.
A empresa diz que “os pedidos de informação não são pedidos genéricos sobre os serviços prestados, mas relativos a situações concretas de interação dos clientes com os CTT. Na prática, corresponde às situações resolvidas, numa primeira abordagem, sem necessidade de diligências posteriores. Este é, aliás o indicador sempre usado na informação trimestral e anual reportada à Anacom e assim aceite pelo regulador”, afirma os CTT.
Por isso, dizem, “a informação divulgada pela Anacom, ao isolar reclamações e considerar apenas as recebidas por alguns canais, dos quais um implementado em meados de 2017, não permite ter uma visão global. Além disso, a Anacom desconsidera o total das solicitações”, refere o comunicado.
“Mesmo considerando apenas as reclamações não respondidas imediatamente (reclamações em sentido estrito) o aumento é de 9% e não de 43%”, diz ainda a empresa liderada por Francisco Lacerda.
Os CTT apresentam amanhã resultados.