Os custos de construção da habitação nova tiveram uma desaceleração para 11,7% no mês de novembro, o que correspondeu a uma ligeira descida de 0,6 pontos percentuais (p.p.) do que o registado em outubro, de acordo com o Índice de Custos de Construção de Habitação Nova (ICCHN) divulgado pelo Instituto Nacional de Estatística (INE), esta sexta-feira, 6 de janeiro.
Variação homóloga
Pelo terceiro mês consecutivo os custos da construção registaram uma descida homóloga (13,3% em setembro, 12,3% em outubro e 11,7% em novembro). O preço dos materiais e o custo da mão de obra apresentaram, respetivamente, variações de 15,4%, desacelerando 1,7 p.p. face ao mês anterior e de 6,7% (5,7% em outubro), respetivamente face ao período homólogo.
O custo dos materiais contribuiu com 8,9 p.p. para a formação da taxa de variação homóloga do ICCHN (10,0 p.p. em outubro), enquanto a componente da mão de obra foi de 2,8 p.p. (2,3 p.p. no mês anterior). Nos materiais que mais impactaram esta variação destacam-se os produtos cerâmicos, com crescimentos homólogos dos preços de cerca de 60%.
Já o cimento, as madeiras e derivados de madeira, os mármores e produtos de mármore e o consumo de produtos energéticos apresentaram crescimentos homólogos superiores a 20%.
Variação em cadeia
Já no que diz respeito à taxa de variação mensal do ICCHN, foi de 0,8% em novembro. O custo dos materiais registou uma descida de 0,6% e o custo da mão de obra aumentou 3,2%.
O sector da mão de obra contribuiu com 1,2 p.p. para a formação da taxa de variação mensal do ICCHN, enquanto a componente materiais desceu 0,4 p.p. (0,2 p.p e -0,2 p.p. em outubro, pela mesma ordem).