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Da cortiça à banca: O vasto legado de Américo Amorim

O único português a figurar no ranking de 2016 da Forbes, que elenca os 500 mais ricos do planeta, deixa às três filhas uma fortuna avaliada em 4,09 mil milhões de euros, e um império que se estende da cortiça à banca, passando pela energia e pelo imobiliário.
13 Julho 2017, 17h31

Américo Amorim, empresário nascido em Mozelos, Santa Maria da Feira, deixa como legado uma atividade empresarial que se estende muito para além da cortiça e abarca as áreas da banca, bolsa, casinos, luxo, unidades turísticas e empresas petrolíferas.

Juntamente com os seus irmãos, Américo Amorim fundou a Corticeira Amorim, a Ipocork e a Champcork, todas ligadas ao setor da cortiça. Daqui nasceu a holding Corticeira Amorim, de que Américo era CEO, que atualmente controla todas as empresas corticeiras. Atualmente, o Grupo Amorim é líder mundial e detém 78 empresas, das quais 28 são unidades industriais de transformação. Os seus produtos são vendidos em mais de 100 países. Além disso, a gestão de mais de 12 mil hectares de floresta e montado também estão sob gestão da família Amorim.

A expansão dos negócios dá-se através da Amorim Investimentos e Participações (AIP), holding que permitiu a Américo Amorim estender os seus investimentos aos setores da energia, do turismo e da banca. A AIP tornou-se um dos principais acionistas do Banco BIC Português e controla a maioria do capital da Amorim Energia, que, por seu turno, possui 38,34% da Galp Energia. O BIC não é o único banco onde o Grupo Américo Amorim (GAA) está presente. Em Moçambique, o grupo lançou em agosto de 2011 um banco universal de retalho designado Banco Único e, em 2012, tornou-se acionista do Banco Luso Brasileiro, que opera neste país há mais de duas décadas.

As áreas que compõem o império de Américo Amorim estendem-se ainda aos setores têxtil, da vitivinicultura, do enoturismo e imobiliário, onde a presença do grupo é visível através de vários ativos em Portugal e Brasil, com foco maior nos segmentos imobiliário e turístico.

Também na área dos bens de luxo, o GAA tem participações, nomeadamente na marca Tom Ford (25%), e nas lojas de moda Fashion Clinic e Gucci, de que é dona a filha mais velha de Américo Amorim, Paula, que é vice-presidente do GAA e, em outubro de 2016, substituiu o pai na presidência do Conselho de Administração da Galp Energia.

Marta, outra das filhas de Américo Amorim, tem também cargos no GAA e desempenha funções noutras empresas detidas pela família, ao passo que Luísa comanda o negócio de vinhos do Grupo, centrados em duas quintas na região do Douro, num total de 250 hectares: Quinta Nova de Nossa Senhora do Carmo e Quinta de S. Cibrão.

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