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Da esquerda à direita. O que disseram os partidos do congresso do PSD?

Posto o congresso da direita à esquerda os partidos não se acanharam em lançar críticas a Rui Rio e possíveis cenários para o pós eleições foram lançados.
20 Dezembro 2021, 11h43

A direção do reeleito líder social democrata, Rui Rio foi aprovada com 67,6% dos votos, no congresso do PSD que decorreu no passado fim de semana, e o presidente do Partido Social Democrata (PSD) prometeu dar especial atenção aos professores e ao Serviço Nacional de Saúde (SNS) se for eleito primeiro-ministro nas eleições de janeiro. Posto o congresso da direita à esquerda os partidos não se acanharam em lançar críticas a Rui Rio.

PS acusa PSD de se aproximar à extrema direita

“O único partido e a única liderança que deu provas de se entender mesmo com a extrema direita foi precisamente a liderança do PSD quando aceitou o acordo com o Chega nos Açores”, disse o secretário-geral adjunto do Partido Socialista (PS), José Luís Carneiro depois do discurso de Rui Rio que encerrou o congresso social democrata.

Sobre o discurso de Rio, José Luís Carneiro sublinhou as palavras do social democrata sobre ser “contra o sistema”. “Significa que se está a aproximar da extrema direita e não do posicionamento político ao centro como o país bem precisa”, considerou.

Quanto a uma possível coligação entre PS e PSD José Luís Carneiro referiu que: “O Partido Socialista vai aguardar pelo escrutínio eleitoral e pela vontade expressa dos portugueses no dia 30”.

PCP prevê coligação entre PS e PSD

Além do PS também o Partido Comunista Português marcou presença no congresso do PSD e no fim, em declarações aos jornalistas, afirmou que está a formar-se um caminho para uma coligação entre PS e PSD.

Octávio Augusto do PCP sublinhou as “declarações de intenções, de paixões, de namoro” e considerou que “tudo se encaminha para ouvindo dirigentes do PSD, ouvindo dirigentes do próprio PS, com as mais altas responsabilidades para estarem disponíveis para reabilitar o bloco central de interesses que de má memória tem para a vida dos portugueses e do nosso povo”.

CDS sem perceber com quem se coligará PSD de Rio

Foram muitos os que estiveram presentes no congresso do PSD, mas outros escolheram não marcar presença, como foi o caso de Francisco Rodrigues dos Santos, o líder do CDS-PP. Para representar os centristas este Filipa Correia Pinto que considerou que a ausência de ‘Chicão’ não teve qualquer “leitura política”. “Não é sinal de menor respeito a circunstância do presidente não ter hoje aqui vindo”, destacou.

Para a centrista ficou por esclarecer com quem poderá coligar-se o PSD. “Não se percebe se rui rio pretende implementar estas reformas ressuscitando o antigo chamado Bloco Central ou se pelo contrário prefere fazer essas reformas à direita com o seu parceiro de sempre”, explicou Filipa Correia Pinto.

IL diz que PSD apresenta “penso rápido” como solução

“Rui rio apresenta no seu discurso de encerramento uma fratura exposta e apresenta como solução a terapia do penso rápido”, disse Bruno Mourão Martins da Iniciativa Liberal, acrescentando que “faz falta o espírito reformista” ao PSD.

PAN crítica “Bloco Central de mãos dadas”

A porta-voz do PAN, Inês de Sousa Real não prestou declarações aos jornalistas no fim do congresso onde esteve presente. No entanto deixou os seus comentários para as redes sociais.

“Nem a maioria absoluta de António Costa, nem governação ao centro de Rui Rio. A democracia só se reforça com renovação e progressismo, não com mais do mesmo ou menos ainda com o Bloco Central de mãos dadas. É preciso romper com a bipartidarização que tem tomado o poder”, escreveu a representante do PAN no Twiter.

BE ausente no congresso, mas presente nas redes sociais

A coordenadora do Bloco de Esquerda (BE) não esteve presente no evento do PSD, mas escolheu as redes sociais para manifestar a sua opinião sobre os sociais democratas.

“O PSD exibe o vazio. Não é que não saiba o que pretende, a direita sonha voltar às privatizações e está de olho na saúde. Mas prefere esconder o jogo e esperar um bloco central. Salvar o SNS, recuperar salários ou garantir habitação só se faz com a esquerda”, afirmou no fim de semana Catarina Martins num publicação via Twitter.

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