Da troika a encontros com Salgado: 18 perguntas do PS a Passos Coelho

O Partido Socialista (PS) apresentou hoje as perguntas escritas ao primeiro-ministro na comissão de inquérito BES/GES, percorrendo num total de 18 várias áreas, como a atuação da ‘troika’ ou os encontros de Passos Coelho com Ricardo Salgado. No documento, a que a agência Lusa teve acesso, o primeiro-ministro começa por ser questionado sobre quando teve […]

O Partido Socialista (PS) apresentou hoje as perguntas escritas ao primeiro-ministro na comissão de inquérito BES/GES, percorrendo num total de 18 várias áreas, como a atuação da ‘troika’ ou os encontros de Passos Coelho com Ricardo Salgado.

No documento, a que a agência Lusa teve acesso, o primeiro-ministro começa por ser questionado sobre quando teve conhecimento das dificuldades do BES e da sua exposição ao Grupo Espírito Santo (GES), sendo depois interrogado sobre encontros em 2014 com o ex-líder histórico do BES Ricardo Salgado.

“Quantas reuniões teve com o dr. Ricardo Salgado durante o ano de 2014? Quais foram os assuntos tratados em cada uma delas? Que informações lhe foram prestadas sobre a situação financeira do BES? E em relação ao GES?”, interrogam os socialistas, coordenados na comissão de inquérito pelo deputado Pedro Nuno Santos.

O PS quer também que Passos Coelho diga se chegou a ser equacionada a recapitalização pública do BES, pedem detalhes sobre o processo da venda futura do Novo Banco, e pedem comentários à atuação da ‘troika’ e ao cumprimento do memorando de entendimento.

“Um dos objetivos fundamentais do programa de ajustamento, implementado em Portugal entre 2011 e 2014, era assegurar a estabilidade do sistema financeiro português? Quais seriam as consequências para o fecho com sucesso do programa de ajustamento, no final do primeiro semestre de 2014, se a queda do BES tivesse ocorrido em finais de 2013?”, é perguntado.

Aos representantes da ‘troika’ – Comissão Europeia, Banco Central Europeu e Fundo Monetário Internacional – o PS pergunta quando e por que meios souberam das dificuldades financeiras do BES e interrogam também se os problemas no banco foram abordados durante a vigência da ‘troika’ em Portugal.

A comissão de inquérito teve a primeira audição a 17 de novembro passado e tinha inicialmente um prazo total de 120 dias, até 19 de fevereiro, mas foi prolongado por mais 60 dias.

Os trabalhos dos parlamentares têm por objetivo “apurar as práticas da anterior gestão do BES, o papel dos auditores externos e as relações entre o BES e o conjunto de entidades integrantes do universo do GES, designadamente os métodos e veículos utilizados pelo BES para financiar essas entidades”.

OJE/Lusa

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