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Daimler quer vender fábrica em França para reduzir custos

Com o encerramento da fábrica em França, a produção dos componentes para os motores elétricos passa a ser realizada na China, numa parceria com a Geely.
3 Julho 2020, 17h21

A fabricante de automóveis Daimler está a tentar vender a fábrica que detém na região de Hambach, em França, como parte de uma reestruturação do sistema de produção, avança a ‘Reuters’ esta sexta-feira, 3 de julho, com base num comunicado da empresa.

Esta revisão, segundo a empresa, deve acontecer ainda este ano e a reestruturação acontece num momento de crise para o mundo automóvel, que está a sofrer de excesso de capacidade devido à quebra de procura e venda de carros.

A ‘Reuters’ aponta que a reestruturação do negócio será acima dos 100 milhões de euros.

A dona da Mercedes-Benz e da Smart utilizava a fábrica em Hambach para produzir motores elétricos e de combustão para os seus veículos de dois lugares da Smart, tendo fabricado mais de 80 mil motores em 2017 para o mesmo número de veículos.

Assim, a empresa vai realocar a produção de França para a China. No ano passado, a Daimler confirmou que a próxima geração de veículos elétricos da gama Smart seriam construídos em parceria com a Geely, depois de assinarem contrato para uma joint-venture. 

Aposta em fabricante de células para baterias

Além da parceria com a Geely, a Daimler vai ainda assumir uma participação de 3% na empresa Farasis, uma fabricante chinesa de células para baterias, num esforço para garantir que a fabricante alemã aumenta a produção de veículos elétricos.

A empresa com sede em Estugarda admitir investir um grande valor, na ordem dos mil milhões de euros, na empresa chinesa e nomear Markus Schäfer, diretor de operações da Mercedes, para o conselho de supervisão da Farasis.

Assim, o investimento ocorre quando as fabricantes europeias continuam fortemente dependentes das empresas asiáticas que produzem baterias para os seus veículos elétricos. Com a aposta na Farasis, a Daimler procura uma nova posição na cadeia de fornecimento dos automóveis.

Esta aposta surge ainda depois da Daimler ter anunciado, em 2018, que iria gastar 20 mil milhões de euros em células para baterias elétricas durante a próxima década, sendo este investimento visto como a introdução da empresa nos veículos elétricos.

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