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Daniel Adrião candidata-se à liderança do PS por “mais democracia” num partido “amolecido”

“António Costa tem sido um bom primeiro-ministro, mas não tem sido um bom líder do PS”, afirmou Daniel Adrião, momentos depois de entregar a sua moção ao congresso do PS. É a terceira vez que se candidata à liderança do partido.
  • Cristina Bernardo
27 Maio 2021, 18h24

O dirigente socialista Daniel Adrião apresentou hoje a sua candidatura à liderança para “acrescentar mais democracia” ao PS, “amolecido” pelo poder, e fez uma crítica a António Costa, que “não tem sido um bom líder”.

“António Costa tem sido um bom primeiro-ministro, mas não tem sido um bom líder do PS”, afirmou Adrião, momentos depois de entregar a sua moção ao congresso do PS, em 10 e 11 de julho, e a sua candidatura a secretário-geral, na sede nacional dos socialistas, em Lisboa.

Esta é a terceira vez que Adrião se candidata à liderança do partido e afirmou aos jornalistas que a sua moção, intitulada “Democracia plena”, “não é contra ninguém, não é contra António Costa”, de quem faz “uma avaliação positiva no seu exercício como primeiro-ministro”.

A sua moção é uma candidatura para “afirmar a democracia interna, a liberdade de pensamento, a liberdade de expressão, de opinião”, disse.

“O exercício do poder amolece a atividade partidária. Isso é notório no PS”, admitiu, dizendo ainda que “há uma concentração excessiva da atividade nas cúpulas do partido, na sua elite”.

Para Daniel Adrião, “o PS tem estado muitas vezes de costas voltadas para os militantes e para a sua base de apoio” que, defendeu, têm de participar nas decisões do partido, no poder, com António Costa, desde 2015.

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