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DBRS prevê que incerteza na Catalunha continue depois das eleições

A agência de notação de crédito não espera uma declaração unilateral de independência depois da ida às urnas, mas diz que a crise institucional pode pesar cada vez mais na economia catalã.
19 Dezembro 2017, 09h25

A agência de notação DBRS prevê que a incerteza na Catalunha continue depois das eleições regionais e avisa que a crise institucional pode pesar cada vez mais na economia catalã, mesmo que não se espere uma declaração unilateral de independência depois da ida às urnas.

De acordo com a DBRS, em última instância, esse cenário pode impactar a economia espanhola e as suas finanças públicas. Ainda assim, a agência canadiana destaca que “as tensões diminuíram” desde a implementação de medidas ao abrigo do artigo 155 da Constituição de Espanha, segundo um comunicado enviado esta terça-feira.

“A DBRS considera que mais de dois meses após o referendo da Catalunha, a 1 de outubro, os bancos espanhóis, e, em particular, aqueles com fortes raízes catalãs (CaixaBank e Sabadell), não foram materialmente impactados pelo ambiente político na Catalunha, apesar de alguma volatilidade observada na semanas após a votação”, afirma a mesma instituição, lembrando que, nesse sentido, não alterou o ranking dessas entidades bancárias.

As eleições regionais de 21 de dezembro foram convocadas pelo chefe do Governo espanhol, Mariano Rajoy, em 27 de outubro passado, no mesmo dia em que decidiu dissolver o parlamento da Catalunha e destituir o executivo regional presidido por Carles Puigdemont.

A agência espanhola EFE deu conta conta de que o executivo tem vários departamentos governamentais e especialistas em segurança e informática do Centro Nacional de Informação espanhol a trabalhar intensamente para preservar a segurança das eleições catalãs, em colaboração com a empresa encarregue da contagem dos votos.

Nas últimas eleições regionais, em 2015, os partidos separatistas ganharam com 72 deputados num total de 135 no parlamento regional.

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