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De bicicleta pelo Aqueduto das Águas Livres

Um dos monumentos mais emblemáticos de Lisboa abre-se aos ciclistas no último domingo de cada mês para uma travessia nas alturas.
27 Janeiro 2022, 17h45

É já no próximo domingo, 30 de janeiro, que o Aqueduto das Águas Livres, em Lisboa, se abre à passagem de bicicletas no último domingo de cada mês, até junho de 2022. A iniciativa conta com o apoio da organização de Lisboa Cidade Europeia do Desporto 2021 e visa promover a mobilidade em duas rodas abrindo este icónico monumento da capital para a passagem exclusiva e gratuita de ciclistas.

Não é necessária marcação prévia, como habitualmente nas restantes visitas. Tem apenas de lembrar-se que o trajeto que abarca o Vale de Alcântara sobre os arcos do aqueduto, com entrada em Campolide e saída em Monsanto, pelo passeio norte, pode ser percorrido apenas de manhã, entre as 10h00 e as 13h00.

O Museu da Água gerido pela EPAL é responsável pela gestão deste equipamento cultural que teve como função primordial abastecer a cidade de Lisboa. Aliás, a ideia de trazer água até à capital a partir da nascente de Caneças surgiu em 1571, no projeto de aqueduto incluído no tratado “Da fábrica que falece a cidade de Lisboa”, de Francisco de Holanda”.

O administrador da cidade, Cláudio Gorjel do Amaral retomou o projeto em 1729 e incentivou o rei D. João V a construir um aqueduto, inspirado nos que foram construídos na época do Império Romano, numa altura em que chegavam a Portugal grandes riquezas procedentes do Brasil. A obra foi iniciada em agosto de 1732 e ficou concluída em 1748, ano em que o aqueduto já abasteceu Lisboa de água, ainda que os trabalhos complementares só tenham sido dados por concluídos em 1834.

Manuel Damaia e Custódio Vieira foram os seus arquitetos, enquanto o húngaro Carlos Mardel foi incumbido da construção do grande depósito de água em Lisboa, a Mãe d’Água das Amoreiras, para receber e distribuir as águas trazidas pelo aqueduto.

Além de ser fonte de inspiração artística – o Museu da Cidade de Lisboa conserva uma importante coleção de obra, desde gravuras a pinturas, juntamente com os planos originais do aqueduto e dos diferentes depósitos –, impressiona pela sua imponência. Refira-se que o troço entre Campolide e o Alto da Serafina tem vistas fantásticas e assenta sobre 35 arcos, 14 dos quais ogivais. O maior tem 65 metros de altura, o equivalente a um edifício com 22 andares!

Pegue na bicicleta e convoque a família, os amigos ou faça uma incursão a solo nas alturas.

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