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De olho na História

O sucesso do Parque Cristóvão Colombo ficou por apurar. Perdemos o rasto desta grande novidade que pretendia animar o verão de 1944 (no Porto Santo). Ficou, porém, a memória de um projecto arrojado e ficou a visão e o sentido de oportunidade.
5 Abril 2017, 18h08

1944. junho. O resto do mundo acorda todos os dias sob a sombra negra de um conflito que uma vez mais, põe, frente a frente, as forças aliadas e o grupo do Eixo liderado por Hitler. As capitais europeias acordam ao som de bombas e, os civis, sem outra alternativa, fogem para buracos, caves e esconderijos improvisados assim que o som da sirene anuncia mais um raid aéreo.

No meio do atlântico, a ilha dourada prepara a próxima época balnear e termal com uma grande novidade: o Parque Cristovão Colombo. A empresa responsável por esta iniciativa promete um sem número de diversões de fino gosto salientando o Jornal do dia 28 de junho que um potente dinâmo fornecerá corrente de iluminação elétrica em lâmpadas de variada dor bem como alto-falantes e musica de pic-up.

O poster publicitário anunciando o mais amplo e aprazível recinto chamava a atenção para o programa de diversão que incluía orquestra privativa, teatro, fado à guitarra e baile. Oferecia-se, ainda, um serviço de bar bem como um espaço para jogos de bilhar e ping-pong, podendo os visitantes contar o know-how de pessoal habilitado e competente.

Sem esquecer a cobertura de colmo para proteger os visitantes desta silly season de 1944, a empresa do parque prometia, assim, a melhor temporada de sempre da ilha do sol e da saúde.

O sucesso do Parque Cristóvão Colombo ficou por apurar. Perdemos o rasto desta grande novidade que pretendia animar o verão de 1944. Ficou, porém, a memória de um projecto arrojado e ficou a visão e o sentido de oportunidade.

 

 

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