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De ‘Waal Straat’ aos salários de seis dígitos. Sete curiosidades sobre Wall Street

“O gato morto saltou” é uma das expressões típicas utilizadas por quem trabalha em Wall Street. Há outras curiosidades que explicam a história e a dinâmica da segunda maior praça financeira do mundo.
  • Andrew Harrer/Bloomberg
5 Dezembro 2018, 17h40

Todos os dias, milhares de milhões de dólares são transacionados em Wall Street, uma rua que fica na ilha de Manhattan, na cidade de Nova Iorque, onde está a sede da New York Stock Exchange (NYSE), isto é, a bolsa de Nova Iorque.

1. De Waal Straat até Wall Street

A ponta mais a sul da ilha de Manhattan nem sempre foi norte-americana. No século XVII, os holandeses colonizaram essa parte da ilha, que se chamava Nova Amesterdão, ao construírem um forte. No entanto, para se defenderem dos ataques dos índios Lenape e dos colonos ingleses, os holandeses edificaram uma barreira em madeira ao longo do vértice a norte da colónia e baptizaram a rua adjacente de ‘Waal Straat’.

Mais tarde, quando Nova Amesterdão se passou a chamar Nova Iorque, o nome daquela rua foi traduzido para inglês, passando a chamar-se Wall Street, nome que perdura.

2. A NYSE nasceu debaixo de uma árvore

Nos finais do século XVIII, em 1792, um grupo de 24 brokers celebraram, debaixo de uma árvore, um acordo para começarem a comprar e vender ações entre si. Este acordo, denominado “Buttonwood Agreement” (em português, “Acordo de Buttonwood”) foi a génese da criação  da bolsa de Nova Iorque.

Pouco tempo depois, a NYSE arrendou um andar no nº40 de Wall Street. Atualmente, está sedeada no nº 11 da mesma rua e transformou-se no maior mercado bolsista por capitalização e empresas cotadas. Além disso, de acordo com a Global Financial Centre Index, a NYSE é o segundo maior centro financeiro do mundo, atrás da praça de Londres.

3. “Encerramos aos feriados”

Regra geral, a bolsa de Nova Iorque está aberta todos os dias úteis da semana, podendo os investidores e titulares de ações transacionar os títulos que lhes interessam. No entanto, a bolsa de Nova Iorque encerra alguns dias por ano.

Em 2019, a NYSE estará encerrada nos seguintes feriados federais: 1 de janeiro (terça-feira), dia de Martin Luther King Júnior (segunda-feira, 21 de janeiro), Aniversário de George Washington (segunda-feira, 18 de fevereiro), Sexta-feira Santa (sexta-feira, 19 de abril), Memorial Day (segunda-feira, 27 de maio), Dia da Independência (quinta-feira, 4 de julho), Dia do Trabalhador (segunda-feira, 2 de setembro), Dia de Ação de Graças (quinta-feira, 28 de novembro) e Dia de Natal (quarta-feira, 25 de dezembro).

4. Toque do Sino

A bolsa de Nova Iorque abre às 9h30 da manhã  e fecha às 16h00 (fuso horário de Nova Iorque). Para assinalar a abertura e o fecho da sessão, toca-se o sino.

Diversas personalidades já tocaram o sino na abertura e fecho das sessões – o atleta olímpico Michael Phelps, recordista de medalhas de ouro da história, o jogador de baseball dos New York Yankees, Joe DiMaggio, a banda de rock, Kiss, e políticos de renome mundial Nelson Mandela, ex-presidente da África do Sul, e Kofi Annan, que foi secretário-geral das Nações Unidas, antes de Ban Ki Moon.

5. Um touro à carga

Dois anos depois do crash da bolsa de 1987, o artista Arturo Di Modica colocou o touro em frente à NYSE, um presente para a cidade de Nova Iorque. O projeto custou ao escultor cerca de 360 mil dólares e representa a coragem e a capacidade de iniciativa do povo norte-americano e dos habitantes da cidade e apela à integridade dos trabalhadores de Wall Street. O charging bull pesa mais de três toneladas e meia.

6. Salários de seis dígitos

Em média, os salários de quem trabalha em Wall Street recebe um salário chorudo: entre 300 mil a 400 mil dólares por ano, que compara com a média de 50 mil dólares para o trabalhador norte-americano comum.

No entanto, estes altos salários têm um custo elevado: o tempo despendido no trabalho. É comum que os trabalhadores de Wall Street, em início de carreira, trabalhem entre 80 a 100 horas por semana.

7. Estranhas expressões

“O gato morto saltou”. Sim, leu bem. Esta expressão, que em inglês se lê dead cat bounce, aplica-se às ações que registaram um ganho súbito numa tendência de desvalorização.

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