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Debilidade do euro é culpa dos países do sul, critica ex-presidente da Ifo

Ex-presidente da Ifo alemã admite que o euro “está muito barato em relação ao dólar”, mas descarta a responsabilidade da Alemanha.
29 Março 2017, 18h25

Hans-Werner Sinn, professor de Economia na Universidade de Munique e ex-presidente do Ifo alemão, admite que o euro “está muito barato em relação ao dólar”, mas descarta a responsabilidade da Alemanha, apontando os países do sul da Europa, o BCE e os produtos financeiros criados nos EUA como os culpados pela debilidade da moeda europeia face ao dólar.

“Os verdadeiros culpados são as bolhas inflacionistas de crédito nos países do sul, as politicas expansionistas do BCE e os produtos financeiros que os bancos dos EUA vendem a todo o mundo. O Presidente Trump faria bem se concentrasse os seus esforços em cuidar das instituições do seu país em primeiro lugar”, destaca o economista alemão no Project Syndicate, de acordo com o jornal elEconomista.

Espanha, Grécia e Portugal

Atualmente, o euro aprecia 1,08 face ao dólar, no entanto, segundo a teoria da paridade do poder aquisitivo, o euro está desvalorizado em 17% face ao dólar.
“Esta desvalorização começou com a bolha de crédito inflacionário depois da reunião de Madrid, em 1995, onde se anunciou a entrada dos países do sul no euro, após o qual se diminuíram drasticamente as taxas de juro dessas economias”.

Como Sinn observa, as taxas de juros caíram acentuadamente em Itália, Espanha e Portugal, mas especialmente na Grécia, onde cairam 20 pontos percentuais: “O crédito barato que o euro trouxe permitiu que os governos desses países e sectores, tais como construção, subir salários mais rápido do que a produtividade aumentou, o que gerou um aumento de preços e minou a competitividade dos sectores industriais “.

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